DA REDAÇÃO COM CNN
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Em reunião na noite desta quarta-feira (12) no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro pediu a seus ministros sintonia no discurso para evitar novas brigas no governo. Já o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, reagiu às críticas feitas por outros colegas de governo e afirmou à CNN que “nunca defendeu” furar a regra do teto de gastos.
O pedido foi feito na presença de ministros como Paulo Guedes (Economia), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), além de líderes do governo no Legislativo.
“O presidente pediu unidade no discurso, crença no projeto e sintonia. É acertar a comunicação para não ter mais briga”, relatou à CNN o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO).
Guedes e Marinho travam, nos bastidores, uma disputa envolvendo o teto de gastos, regra prevista na Constituição Federal que impede os gastos públicos de crescerem acima da inflação do ano anterior.
Enquanto o chefe da equipe econômica é contra furar a regra, o ministro do Desenvolvimento Regional defende pedir autorização do Legislativo para gastar mais em obras que podem beneficiar Bolsonaro eleitoralmente.
Após a reunião no Alvorada, o presidente fez um pronunciamento ao lado dos ministros e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, defendendo o teto de gastos.
“A única coisa que ficou consensuada 100% foi não furar o teto. O governo vai fazer a travessia tirando despesas de outros lugares para essas obras, como em 2019”, disse Gomes.
Ministro da Infraestrutura
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, reagiu às críticas feitas por outros colegas de governo e afirmou à CNN que “nunca defendeu” furar a regra do teto de gastos.
Aprovada durante o governo Michel Temer, essa regra está prevista na Constituição Federal e impede que os gastos públicos cresçam acima da inflação do ano anterior.
O ministro e o titular do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, vêm sendo criticado por outros ministros por supostamente defenderem aumentar os gastos do governo para bancar novas obras.
“Converso muito com os investidores. Sei o quanto importante é o compromisso com a solvência”, afirmou Freitas, que participou de reunião nesta quarta-feira (13) com Bolsonaro para debater o teto de gastos.