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RELATÓRIO DA INVESTIGAÇÃO

Filhas de Flordelis pesquisaram na internet como matar pastor

CNN/LEANDRO RESENDE/LUCAS JANONE
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Instagram/ Reprodução

Em nome da imagem da família, uma missão criminosa dada para as  próprias filhas.

Para não correr o risco de ver ruir a figura que construiu em anos de trabalho social e que lhe garantiu mandato parlamentar, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) encomendou que duas filhas encontrassem uma forma de matar seu marido, o pastor Anderson do Carmo.

Marzy Teixeira da Silva e Simone dos Santos Rodrigues foram presas por participarem do plano bolado pela mãe, e registros de pesquisas feitas por elas na Internet revelam detalhes do plano.

No relatório de investigação produzido pela Polícia Civil, constam termos buscados por Marzy Teixeira da Silva que indicam sua participação no plano de matar Anderson do Carmo.

Ela pesquisou os seguintes termos: |

– “Cianeto de cobre”
– “Veneno para matar pessoa que seja letal e fácil de comprar”
– “Cianeto de cobre PA[para] comprar no rio”
– “Alguém da barra pesada”

Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica de Flordelis, também fez pesquisas na internet sobre o uso de “cianeto em alimentos” e como comprar a substância.

Em mensagens trocadas com uma irmã, ela admite participação no crime e se diz “cansada de viver uma mentira”. “Uma mentira atrás da outra”. Ela chega a dizer que a deputada é “tão corrupta quanto todos [que] estão lá [no] plenário”. “Vou presa feliz, não se preocupe com isso”, afirmou Simone.

O inquérito constatou que Marzy Teixeira da Silva, filha da deputada federal, foi a responsável por contratar Lucas César dos Santos, um dos filhos adotivo do casal, para matar o pastor.

As negociações foram iniciadas a mando de Flordelis, assim como toda a idealização do crime, de acordo com as investigações. O valor oferecido para matar Anderson do Carmo foi de R$ 10 mil.

Já Simone foi a responsável pelas seis tentativas de envenenamentos contra o pastor. A defesa de Flordelis e dos filhos negam as acusações.

A investigação apontou que, entre maio de 2018 e junho de 2019, Anderson foi internado quatro vezes por envenenamento. Ao todo, Flordelis teria tentando envenená-lo em, pelo menos, seis ocasiões.

A informação foi confirmada pela CNN, que teve acesso ao inquérito policial que contém quatro laudos com diversos atendimentos de Anderson em um Hospital em Niterói, no Rio.

Na terça-feira (25), o promotor Sérgio Lopes, do Ministério Público do Rio de Janeiro, afirmou à CNN que a parlamentar é uma ameaça ao processo investigativo já que usa o cargo para tentar influenciar nas apurações.

Flordelis está proibida de sair do Brasil por decisão da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói.A deputada foi denunciada pelo Ministério Público do RJ por mandar matar o marido e pastor Anderson do Carmo em junho de 2019.

À CNN, o advogado Anderson Rollemberg, que representa a deputada, afirmou, nesta terça, que tanto o passaporte comum quanto o diplomático de Flordelis foram colocados à disposição da Justiça.

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