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TEMPO É DINHEIRO

Operação investiga fraudes no Ganha Tempo; prejuízo chega a 6,3 milhões

DA REDAÇÃO / GABRIEL RODRIGUES
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Reprodução

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Combate a Corrupção (Deccor), deflagrou na manhã desta terça-feira (1) a Operação “Tempo é dinheiro” que apura fraudes da Concessionária Rio Verde no Ganho Tempo.

De acordo com a investigação, o esquema consistia em duplicação de CPF. Onde vários atendimentos eram realizados para o mesmo CPF, atendimentos realizados sem CPF, atendimentos realizados no mesmo dia e com mesmo CPF.

Há registro de CPF’s que foram usados no mesmo dia e horário em unidades com cerca de 200 km de distância, atendimento simultâneos com mesmo CPF, atendimentos realizados em curto espaço de tempo e entre outras modalidades criminosas.

Informações que foram apontadas pela própria Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE-MT), durante auditoria, que afirmaram ser humanamente impossível, tais atendimentos.

Auditoria

As auditorias da CGE e da Secretaria de Planejamento (Seplag) identificaram indícios de pagamento irregular de 105 mil senhas geradas pela empresa Rio Verde, que administra as sete unidades do Ganha Tempo em Mato Grosso.

A senhas apontam para a existência de atendimentos fictícios, que custaram aos cofres públicos ao menos R$ $ 6.366,858,81, pagos entre março de 2018 e janeiro de 2020.

Os auditores identificaram que 99% das senhas registradas com tempo total de 30 segundos tiveram atendimento avaliado como ÓTIMO, o que determina que 12% das avaliações registradas como ótimas são dos atendimentos irregulares.

Perícia 

De acordo com o que foi apurado pelas investigações, até o momento foram encontrados indícios de lançamento de atendimentos fictícios por parte da empresa, gerando uma contraprestação estatal indevida.

Também foram apontadas condutas por parte da empresa no sentido de dificultar a fiscalização da regularidade dos atendimentos por parte dos órgãos de controle.

O processo de investigação teve início após o governador Mauro Mendes ter solicitado que a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e a Controladoria Geral do Estado (CGE) analisassem supostas irregularidades que estariam sendo cometidas pela empresa. Uma auditoria da CGE apontou a existência de indícios de ilegalidades.

Outro lado

“Os valores desses atendimentos que a CGE considerou irregular foram suspensos pelo Estado, não ocorrendo o pagamento para o Consórcio. Portanto, não há o que se falar em prejuízo”, pontua. Frisa ainda que os atendimentos divergentes apresentaram curta duração de tempo em razão de falhas no sistema operacional. Essas falhas foram corrigidas assim que o Consórcio tomou conhecimento do ocorrido. Veja a nota na integra.

“O Consórcio Rio Verde, a maior empresa do país neste segmento e responsável pelas 7 unidades em funcionamento do Ganha Tempo em Mato Grosso, vem a público informar que não recebeu nenhum valor indevido referente aos atendimentos identificados como irregulares pelo Governo do Estado de Mato Grosso.

Os valores desses atendimentos que a CGE considerou irregular foram suspensos pelo Estado, não ocorrendo o pagamento para o Consórcio. Portanto, não há o que se falar em prejuízo.

Os atendimentos divergentes apresentaram curta duração de tempo em razão de falhas no sistema operacional. Essas falhas foram corrigidas assim que o Consórcio tomou conhecimento do ocorrido.

Além disso, os funcionários identificados conscientes desta prática foram advertidos e os demais colaboradores foram amplamente qualificados para que esse equívoco não retornasse a acontecer.

As unidades do Ganha Tempo de Mato Grosso possuem índice de aprovação de 99%. O custo por atendimento é de R$ 13,30, representando uma economia de R$ 18,70 aos cofres públicos, em relação ao que antes o Poder Executivo gastava com esses serviços.

O Consórcio Rio Verde preza pela seriedade no trabalho, excelência nos serviços e, por isso, garante que todos os atendimentos foram realizados. As provas serão apresentadas na defesa da auditoria aberta pela Controladoria”.

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