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NEGOCIAÇÕES POLÍTICAS

Guedes diz que ‘desalinhamento’ com Maia é natural e base faz interlocução

Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (9) que o “desalinhamento” entre ele e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é “natural” diante de divergências em torno da proposta de reforma tributária.

Guedes comentava declaração de Maia, que, na semana passada, afirmou a interlocução com o Ministério da Economia estava encerrada depois que o ministro proibiu secretários da pasta de participar de uma reunião com ele.

Guedes afirmou que o governo conta hoje com uma base de sustentação na Câmara que permite a ele “dormir mais tranquilo”, sem a necessidade de depender de “um olhar generoso e amigo” de Maia para os projetos que o governo defende.

“Tivemos agora um ou outro desalinhamento, mas é natural porque eu tenho que proteger a União. E ele, chegando um pouco mais próximo da reforma tributária, pensando nos governadores e prefeitos. Há um desalinhamento natural”, disse Guedes.

Ele afirmou que está “recolhido” das negociações políticas devido à comunicação do governo com a base no Congresso.

“Acabou o meu voluntarismo”, disse. “Eu hoje estou dormindo mais tranquilo, porque agora tem eixo político o governo”, afirmou Guedes.

Sobre proibir que técnicos do ministério participem de reuniões com o presidente da Câmara, Guedes afirmou:

“Eu tive que dizer ao presidente da Câmara só o seguinte: ‘Olha, eu não posso ficar mandando técnicos meus para bolarem uma reforma que está totalmente desalinhada com o que aconteceu e com o que vai acontecer daqui para a frente.”

Voluntarismo

Guedes afirmou ainda que, com a base de apoio ao governo na Câmara, a interlocução dele com a Casa mudou.

“Agora tem liderança, tem base de governo, tem tudo direitinho. Então, eu venho aqui, converso com eles, eu não preciso mais andar desesperado pelo Planalto, correndo de um lugar para o outro, pedindo pelo amor de Deus e, às vezes, sendo mal entendido”, disse Guedes.

Segundo ele, agora há “uma via regular” de encaminhamento, que é a base de governo.

“Quer dizer, o presidente está lá sentado, com líderes, todo mundo lá. A gente conversa regularmente, toda semana. Aí, o governo consegue decidir e encaminhar de uma forma mais adequada que não seja um ministro dependendo também de um olhar generoso e amigo. Faço questão de registrar, do nosso presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que sempre nos ajudou, sempre nos ajudou em todas as reformas”, afirmou o ministro.

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