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DENÚNCIA FEITA PELO MP

Youtuber Cocielo vira réu em processo por racismo

reprodução

O youtuber Júlio Cocielo, de 27 anos, vai ter que responder na Justiça de São Paulo sobre as acusações de racismo.

De acordo com o colunista Rogério Gentile, do “Uol”, a juíza Cecilia Pinheiro da Fonseca, da 3ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público.

Em caso de condenação, Cocielo pode pegar de dois a cinco anos de prisão.

Cocielo tem atualmente 19.9 milhões de inscritos no YouTube e 8 milhões de seguidores no Twitter. Entre novembro de 2011 e junho de 2018, segundo a promotora Cristiana Moeller Steiner, ele fez diversas postagens de cunho racista.

“Porque o Kinder ovo é preto por fora e branco por dentro? Porque se ele fosse preto por dentro o brinquedinho seria roubado, KKK #maldade”, escreveu Cocielo no Twitter, no dia 2 de novembro de 2010.

Em novembro de 2013, ele escreveu: “nada contra negros, tirando a melanina…”. Cerca de um mês depois, disse: “o Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas. Mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros”.

Youtuber já responde ação civil pública de R$ 7,5 milhões

Além do processo criminal, Julio Cocielo também responde a uma ação civil pública em que o Ministério Público cobra uma indenização de R$ 7,5 milhões. O youtuber disse à Justiça ser humorista e nega ser racista.

“Contar uma piada sobre negros não transforma um humorista em uma pessoa racista ou propagador do ódio contra negros, da mesma forma que contar uma piada sobre judeus não transforma um humorista em uma pessoa antissemita”, afirmou o advogado Maurício Bunazar, que representa Cocielo no processo cível.

O advogado disse, ainda, que Cocielo se considera afrodescendente e faz piadas de sua própria condição.

“É evidente que Cocielo faz piadas com sua própria condição, o que um artifício humorístico usado por comediantes no mundo todo. Há diversos comediantes judeus que fazem piadas com estereótipos judeus, da mesma forma que muitos comediantes negros fazem piadas com estereótipos da população afrodescendente”.

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