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EM MEIO A PANDEMIA

Greve dos trabalhadores dos Correios completa 30 dias

Da assessoria

Hoje, à noite, a greve nos Correios completa 30 dias. É a maior greve na estatal. Não apenas pela quantidade de dias parados, mas, sobretudo, pela maior adesão da categoria ao um movimento paredista. Durante estes 30 dias foram realizadas muitas atividades, estratégicas de luta, mobilização e de solidariedade como foi o da doação de sangue em todo o estado. Na próxima segunda-feira, 21, o dissidio coletivo da greve será julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A greve é uma luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e por melhor atendimento para a população. “Diferente do que o governo afirma a greve não é para defender privilégios e sim pela manutenção de direitos conquistados com luta aos longos de muitos anos”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios (Sintect), Edmar Leite.

Os trabalhadores são contra a privatização da estatal, denunciam a “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos e também querem realização de concurso publico. “O concurso irá garantir melhores condições de trabalho, acabar com as filas no atendimento e com a demora nas entregas” disse Edmar Leite.

Segundo o Sintect, cerca de 80% dos trabalhadores – tanto o setor operacional, quanto o administrativo – aderiram à greve. E isso ocorre por conta da mobilização feitas nos locais de trabalho da categoria, tanto na capital quanto interior.

A greve

No meio da pandemia do novo coronavírus os trabalhadores da ECT foram surpreendidos com a revogação do atual Acordo Coletivo que estava em vigência até 2021. A empresa se mostrou intransigente, conseguiu a suspensão em liminar do ministro Dias Toffoli, no STF, a suspensão do Acordo.

Antes de decidirem pela greve, os trabalhadores ecetistas tentaram todas as formas de acordo.

Durante estes 30 dias, em greve, duas tentativas de acordo foram mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas a empresa se mostrou intransigente em ambas.

Na primeira, o vice-presidente do TST, ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, propôs que fosse estendesse por mais um ano o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), mantendo os atuais direitos dos trabalhadores, e que os trabalhadores abrissem mão de reposição salarial de 5%, este ano.
A proposta foi aceita pelos trabalhadores, mas a direção dos Correios rejeitou.
A segunda audiência realizada no dia 11 de setembro, mediada pela ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Kátia Arruda, terminou sem acordo. Os Correios não apresentaram proposta.

Diante do resultado da audiência, “a orientação da nossa federação e dos sindicatos é pela manutenção e fortalecimento da greve. Entendemos que o caminho para conquistarmos a manutenção de nossos direitos é a luta”, disse Edmar Leite.

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