WIDSON OVANDO/FAPEMAT
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O projeto de pesquisa intitulado “Tomaticultura, aspectos quantitativos e qualitativos em diferentes tipos de ambiências”, desenvolvido pelo agrônomo Marcio Roggia Zanuzo, apresenta resultados parciais promissores para o aumento da produção de tomates em Mato Grosso.
Zanuzo é especialista em pós-colheita de frutos e hortaliças na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – campus Sinop – e realiza a pesquisa em parceria com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com financimento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).
O Brasil tem hoje 54.966 hectares de tomate plantados, sendo que os maiores produtores são os estado de Goiás com 12.617 ha e São Paulo 11.176 ha. Mato Grosso tem apenas 178 ha de tomateiros e representa menos de 1% da produção nacional, mas há grande potencial para crescimento com o uso de novas tecnologias.
Conforme explica o pesquisador, “temos um clima muito quente, e tanto no período de chuvas como no da seca o plantio de tomate sofre redução produtiva em função do stress fisiológico”.
O experimento está sendo desenvolvido em três ambientes diferentes. O primeiro utiliza uma estufa com placas de policarbonatos alveolares, o segundo faz uso de uma estufa com plástico filme tradicional e no terceiro o tomate é plantado em campo aberto.
Créditos: Arquivo/pesquisador
No estudo, a placa de policarbonato é bombeada com água, para reduzir a incidência de radiação infravermelha e aumentar a temperatura interna. Com isso, é esperado que o stress fisiológico do tomateiro seja reduzido, o que aumentará a produção e a qualidade do fruto. A equipe do projeto, que acompanha o cultivo há meses, observou que o ambiente protótipo de policarbonato teve o resultado esperado, com melhor temperatura interna.
“A partir da validação dos resultados parciais, essa cultivar pode beneficiar a agricultura familiar e assentamentos rurais em todo estado” avalia o pesquisador.