GLOBOESPORTE.COM/FRED SABINO
[email protected]
Fernando Alonso Díaz entrou para a história da Fórmula 1 há exatos 15 anos, no dia 25 de setembro de 2005, ao se tornar o mais jovem campeão mundial de todos os tempos até então.
Com um tranquilo terceiro lugar no Grande Prêmio do Brasil, o espanhol de Oviedo conquistou o título com 24 anos, um mês e 27 dias de idade, superando o recorde que pertencia a Emerson Fittipaldi (25 anos, oito meses e 29 dias, em 1972).
Foi também o primeiro título decidido no Brasil.
Alonso chegou a Interlagos, antepenúltima etapa da temporada, com a faca e o queijo na mão para dar à Espanha seu primeiro título na F1. Para sair do Brasil, com o caneco, o piloto da Renault precisava apenas de um terceiro lugar, independentemente do que fizesse seu rival Kimi Raikkonen, da McLaren.
Por mais que o carro do finlandês fosse mais rápido na fase final da temporada, a Renault era mais confiável, e bastava só “marcar” o adversário.
Num sábado que teve a deflagração do “Escândalo do Apito” no futebol brasileiro, no qual o árbitro Edílson Pereira de Carvalho foi acusado de manipular resultados do Brasileirão para beneficiar uma máfia de apostadores, Alonso conquistou a pole position depois que Raikkonen errou no “S” do Senna na sua volta lançada e ficou apenas em quinto no grid. Enfim, a tarefa do espanhol estava ainda mais facilitada.
Com uma largada firme e decidida, Alonso manteve o primeiro lugar, à frente de Juan Pablo Montoya, companheiro de equipe de Raikkonen, que fez excelente partida e pulou para terceiro, à frente de Michael Schumacher (Ferrari) e Giancarlo Fisichella, parceiro do espanhol na Renault.
Mais atrás, Antonio Pizzonia (Williams) se tocou com o companheiro Mark Webber e David Coulthard (RBR) na aproximação do “S” do Senna. O safety car entrou na pista, o que era uma boa notícia para Raikkonen, pois o pelotão continuaria junto e poderia permitir a ele permanecer próximo de Alonso.
Dada a relargada, Montoya partiu para o ataque em cima de Alonso. Não deu para o colombiano passar o adversário no “S” do Senna como ele fizera com Schumacher quatro anos antes, mas, logo no fim da Reta Oposta, o piloto da McLaren assumiu a liderança. Alonso, claro, não ofereceu resistência.