DA REDAÇÃO / LEONARDO MAURO
[email protected]
Em depoimento para o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco/MT), o assessor especial da Casa Militar, o tenente-coronel Noelson Carlos Dias, disse que o secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Mauro Carvalho, sabia do esquema de propinas e de falsificação de contratos, operado pelo seu adjunto, Wanderson de Jesus Nogueira, o “Dinho”.
“O DEPOENTE informa que na data de hoje as informações envolvendo atos de corrupção praticados por WANDERSON foram levados ao conhecimento do secretário da Casa Civil MAURO CARVALHO, tendo sido discutido até a exoneração de WANDERSON”, diz trecho do depoimento.
O tenente-coronel afirma que, após receber informações sobre esquemas de corrupção operados por Wanderson, reportou ao chefe da Casa Civil.
O militar chegou a dizer que o dono da empreiteira estava sempre no Palácio Paiaguás.
O ex-adjunto preso com propina trabalhou por 23 anos na Ambev, que tem sua operação em Mato Grosso operada por empresas do grupo empresarial do secretário Mauro Carvalho.
O caso
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco/MT) prendeu na noite de quinta-feira (24), o secretário Adjunto Sistêmico da Casa Civil, Wanderson de Jesus Nogueira. O Gaeco realizou diligências de monitoramento e prendeu o suspeito em flagrante delito.
A ação ocorreu após o Grupo receber denúncias sobre possível crime de corrupção de agente público estadual. No momento da prisão, o servidor público estava com R$ 20 mil.
Leia mais: Gaeco prende servidor estadual por indícios de corrupção na Casa Civil
O ex-secretário adjunto da Casa Civil, Wanderson de Jesus Nogueira, foi solto na noite desta sexta-feira (25).
Wanderson foi preso pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), após ser flagrado com uma suposta propina de R$ 20 mil no Palácio Paiaguás.
Leia mais: Justiça determina soltura de ex-secretário flagrado recebendo suposta propina
Confira trechos do depoimento do tenente-coronel:
