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PADRE ROBSON

Diarista acredita que teve nome usado para forjar doação de mais de R$ 3 milhões à Afipe: ‘doação mais alta que fiz foi de R$ 20’

REPRODUÇÃO

A diarista Marilda Oliveira Magalhães Souza acredita que teve o nome usado para forjar uma doação de mais de R$ 3 milhões à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).

Marilda, que vive em uma fazenda em Anicuns, na região central de Goiás, confirmou que tinha o costume de fazer doações à igreja, mas alega que o valor máximo que já doou foi R$ 20. Padre Robson de Oliveira era investigado por possível desvio de R$ 120 milhões do dinheiro ofertado por fiéis à Afipe.

“A doação mais alta que eu já fiz pra Afipe foi de R$ 20. A mais alta. Nunca passou disso. Nunca”, garantiu Marilda.

O nome de Marilda estava ao lado de outras 3,8 milhões de pessoas, no Banco de Dados de Doadores da Afipe, apreendido pelos investigadores, em agosto.

No documento, obtido com exclusividade pelo Fantástico, consta que a diarista doou exatos R$ 3.290.673. No entanto, a diarista disse que se surpreendeu após a visita de policiais na casa deles, para tirar dúvidas sobre as doações à Afipe.

Segundo ela, a última doação que fez foi em 2017.

“Nunca minha filha, eu não tenho condições disso não. (…) O dinheiro maior que eu doei lá naquela Afipe, maior, foi R$ 20”, disse Marilda ao ser questionada dos valores em um vídeo gravado durante a visita dos policiais.

Em agosto, a Operação Vendilhões, do Ministério Público, começou a investigar o desvio de R$ 120 milhões doados por fiéis.

O padre Robson de Oliveira Pereira, que era o presidente da associação, nega as irregularidades desde o início e se afastou das atividades na Igreja Católica durante a apuração.

No entanto, a investigação foi trancada no dia 6 de outubro, após entendimento dos desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás, de que não houve os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, lavagem de capitais e apropriação indébita.

O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, acredita que a dona Marilda e outras pessoas tiveram os nomes usados indevidamente.

“Houve lavagem de dinheiro. Está claro também que é uma organização criminosa agindo a partir do estado de Goiás, mas agindo no Brasil todo”, disse ao Fantástico.

 

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