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CORONAVAC

‘Mais uma que Jair ganha’, diz presidente sobre suspensão de testes

CNN

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (10) em uma rede social, ao comentar a suspensão dos testes da vacina CoronaVac, que o episódio é mais um em que “Jair Bolsonaro ganha”.

No mesmo post ele citou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). A vacina CoronaVac, uma das que buscam a imunização contra o coronavírus, é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, instituição pública vinculada à Secretaria de Saúde de São Paulo.

Bolsonaro e Doria divergem desde o início do ano sobre as medidas contra a pandemia e se tornaram adversários políticos declarados.

A suspensão dos testes foi ordenada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na segunda-feira (9). A Anvisa apresentou como justificativa a ocorrência de um “evento adverso grave” nos testes, mas não especificou qual.

“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu Bolsonaro. O presidente respondeu o comentário de um usuário que perguntou se o Brasil compraria a vacina CoronaVac se a Anvisa atestasse a segurança do produto.

Morte de voluntário

Um voluntário dos testes, de 33 anos, morreu nos últimos dias. Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, a morte não ocorreu por causa da vacina.

Covas afirmou também ter recebido com estranheza a notícia da suspensão temporária dos testes em humanos da CoronaVac no Brasil.

“Em primeiro lugar, a Anvisa foi notificada de um óbito, não de um efeito adverso. Isso é diferente. Nós até estranhamos um pouco essa decisão da Anvisa, porque é um óbito não relacionado à vacina”, afirmou o diretor do Butantan.

Ele disse ainda que, como na atual fase de testes há 10 mil voluntários, mortes não-relacionadas à vacina podem ocorrer.

“Como são mais de 10 mil voluntários nesse momento, podem acontecer óbitos. Nesse momento, [o voluntário] pode ter um acidente de trânsito e morrer. Ou seja, é um óbito não relacionado à vacina. É o caso aqui. Ocorreu um óbito que não tem relação com a vacina”, disse Dimas Covas para a TV Cultura.

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