O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dedicou aquele que pode ter sido seu discurso na Cúpula do G20 para condenar firmemente o Acordo Climático de Paris do qual seu país se retirou sob seu mandato, mas ao qual o provável sucessor, o democrata Joe Biden, prometeu voltar.
Trump participou online de um evento sobre como salvar o planeta da crise climática como parte da cúpula, organizada pela Arábia Saudita e que termina neste domingo (22).
Em um breve discurso gravado na Casa Branca, o presidente americano defendeu a forma como vem lidando com as questões ambientais, que tem sido altamente criticada por ativistas e especialistas.
“Retirei os Estados Unidos do injusto e unilateral Acordo Climático de Paris, um acordo muito injusto para os Estados Unidos.
O Acordo de Paris não foi projetado para salvar o meio ambiente. Ele foi projetado para matar a economia dos EUA”, declarou Trump.
“Recuso-me a entregar milhões de empregos americanos e enviar bilhões de dólares aos piores poluidores e transgressores ambientais do mundo, e é isso que teria acontecido”, completou.
Dessa forma, o chefe de governo americano resgatou uma queixa de que o pacto pelo clima não é tão rigoroso para países poluidores como a China ou a Índia, um argumento que ele usou quando anunciou a saída do Acordo, em junho de 2017.
A retirada dos EUA se tornou efetiva à meia-noite de 4 de novembro, no meio da noite de eleições, e três dias antes da grande mídia projetar que Biden havia vencido estados-chave e conquistado a vitória nas presidenciais americanas.
Biden se comprometeu a reintegrar os EUA no Acordo de Paris em seu primeiro dia no cargo, 20 de janeiro, e também disse que investirá US$ 1,7 trilhão em energia limpa e fará com que o país neutralize suas emissões de gases de efeito estufa até 2050.
Em seu discurso, Trump vangloriou-se de suas políticas para promover a “independência energética dos Estados Unidos”, que envolveram a defesa de fontes tradicionais e poluentes como carvão e petróleo, e de seu investimento de mais de US$ 38 bilhões em infraestrutura hídrica.
Ele também disse que o ar nos EUA está agora “7% mais limpo” do que quando chegou ao poder, em 2017, e insistiu na recusa em “impor acordos internacionais aos cidadãos concebidos apenas para beneficiar um dos lados”.
Esse é a verdadeira bicha louca americana. A mais pura representação delinquente americana. A prova que temos de varrer do mapa este país.