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“NÃO É TEMPO DE RISCO"

Servidor cita injustiça contra EP que diz que Abílio está sendo “desmascarado”

Marcus Mesquita

O programa eleitoral do prefeito e candidato à reeleição Emanuel Pinheiro (MDB) voltou a exibir, nesta quinta-feira (26), o depoimento do então servidor do gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Valdecir Cardoso, que foi o responsável por instalar a câmera que filmou deputados no Palácio Paiaguás.

Valdecir confirmou que o valor recebido por Emanuel – à época deputado estadual – era relativo a uma dívida que Sílvio Correa, então chefe de gabinete de Silval, tinha com o irmão de Emanuel, o empresário Marco Polo, “Popó”. Segundo o servidor, Emanuel foi vítima de uma injustiça.

“Chegamos no Palácio cedo, antes do governador. O Sílvio sentou na sala dele e falou assim: ‘Negão, vai ter um almoço aí, foram chamados vários deputados. Aqui tá a lista pra mim… pra você… quando estiver todos lá atrás e que eu pedir para você chamar, você chama um por um’”, recordou Valdecir.

“Emanuel não estava na lista para ser gravado lá. Com Emanuel acho que foi injustiça. Eu ia fazer o que? Eu não podia tirar o Emanuel de lá, falar nada. Porque empregado é empregado né. Quando eu vi o vídeo na televisão, em casa mesmo já falei pra minha esposa: ‘Emanuel não tem nada a ver com o pessoal que estava lá atrás’”, emendou.

O prefeito Emanuel Pinheiro reiterou que foi ao Palácio naquela ocasião porque o gabinete do governador devia valores a seu irmão. Os fatos, segundo ele, estão devidamente documentados no processo da Justiça Federal e confirmados, inclusive, pelo próprio delegado da Polícia Federal no inquérito policial.

O prefeito se desculpou pelas imagens que, tiradas do contexto, são fortes. Mas lembrou que não se manifestou sobre os fatos anteriormente, uma vez que o inquérito corria em sigilo de justiça. Desta forma, ele não devia e não podia falar.

“Mas a última decisão do juiz federal liberou para que eu pudesse me expressar. Desde então, tenho falado no assunto com tranquilidade, inclusive pela imprensa. Os cuiabanos que conhecem minha trajetória de mais de 30 anos de vida pública, sabem quem sou, onde vivo e como vivo. As imagens são fortes e peço desculpas por elas. Mas esse incidente ficou no passado”, disse.

“Abílio desmascarado”

O programa exibido hoje trouxe ainda trechos do debate promovido pela Fecomércio nesta semana, oportunidade em que o prefeito Emanuel evidenciou o despreparo de seu adversário.

Na ocasião, o prefeito lembrou episódios envolvendo o candidato Abílio Brunini (Podemos) que revelam, entre outras condutas, a indicação de seus familiares como servidores fantasmas.

“Eu já combato a corrupção, inclusive de servidores fantasmas – que o senhor entende muito bem – que não existe na prefeitura de Cuiabá. Aliás, o senhor é craque em servidores fantasmas. Está caindo a máscara do senhor Abílio Brunini. Tem muito mais coisa que está acontecendo, que está aparecendo, para desmascarar essa figura de falso puritano que tentou de toda forma me corromper”, disse o emedebista.

Emanuel recordou que, na condição de vereador, o adversário tentou indicar apadrinhados, sócios em seu escritório de arquitetura para cargos no Município, o que não foi aceito pelo prefeito.

“Olha o seu gabinete, o senhor tem um gabinete de 70 metros quadrados com 18 servidores. O senhor não abre mão de um centavo de sua verba indenizatória e paga uma de bom moço, dizendo que vai enxugar a máquina. O senhor não enxugou seu gabinete parlamentar. O senhor vai ser desmascarado”, concluiu o prefeito.

Emanuel encabeça a coligação “A Mudança Merece Continuar”, composta por 11 partidos – MDB, PP, PV, PSDB, REPUBLICANOS, PL, PTC, PCdoB, PMB, PTB e SOLIDARIEDADE – e tem como candidato a vice-prefeito, José Roberto Stopa (PV).

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