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DESVIO DE R$ 3.6 MILHÕES

Deputado e irmão ‘coordenavam’ suposto esquema, aponta MPF

GAZETA DIGITAL/PABLO RODRIGO
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Para o Ministério Público Federal (MPF), o deputado estadual Ondonir Bortolini, o Nininho (PSD), e seu irmão, o prefeito de Itiquira, Humberto Bortolini (PSD), seriam os “coordenadores” da suposta organização criminosa que fraudavas licitação em vários municípios do Estado de Mato Grosso.

Ao todo, o esquema teria desviado mais de R$ 3 milhões para benefício de políticos, empresários e agentes públicos.

A informação conta na decisão que desencadeou a Operação “Chapéu de Palha”, da Polícia Federal nesta quarta-feira (9).

“Conclui a representação, apontando os investigados por grupos de atuação no seguinte sentido: na coordenação da atividade delitiva estariam os irmãos Ondanir Bortolini, deputado Estadual por Mato Grosso e, Humberto Bortolini, prefeito do município de Itiquira”, diz trecho da decisão do desembargador federal Olindo Menezes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Segundo o MPF, as construtoras contratadas paras as diversas obras nas cidades repassaram para prefeitos, vereadores, secretários, engenheiros fiscais de obras, familiares de Nininho, além de terem realizado “movimentações bancárias suspeitas entre deputados estaduais e servidores”.

“A análise dos dados bancários permitiu identificar, até o momento, pelo menos 493 transações financeiras suspeitas no valor total de R$ 3.607.578,11 que indicam se tratar de vantagens indevidas para agentes públicos e terceiros a eles vinculados e transações financeiras entre os alvos primários do presente trabalho, sinalizando ocorrência de conlulos, acertos, subcontratações indevidas e outras irregularidades”, completa o Ministério Público Federal.

Ainda de acordo com as investigações, o grupo “gerencial” da organização criminosa era composto Marco Antônio Souza Fonseca, engenheiro responsável pela Construtora Pirâmide e Construir Construtora, e que já teria ocupado o cargo de superintendente de Parceria Regionais da secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra) por indicação de Ninhinho. Os  pais de Marco Antônio também teriam atuado neste núcleo.

Já o grupo operacional teria como membros os empresários Paulo Rocha dos Santos (Construtora Pirâmide), Ivaldo de Freitas (Construtora Rocha), e Uashington Paum Neto de Assunção (UP Projetos e Construções).   Os demais deputados citados nas investigações: Romoaldo Júnior (MDB), Dilmar Dal Bosco (DEM) e o ex-deputado Mauro Savi, e seus assessores seriam “grupo acessório”.

Já os servidores e agentes públicos dos municípios e do Estado, além de “laranjas e familiares dos envolvidos” foram classificados como “grupo de execução”.

Outro lado  

O deputado estadual Nininho negou qualquer envolvimento no esquema e disse não possuir qualquer contato com os empresários envolvidos. Ele se diz tranquilo e provará o seu não envolvimento no esquema.

Já o deputado estadual Dilmar Dal Bosco nega qualquer envolvimento no esquema. Romoaldo Júnior e Mauro Savi não foram localizados para comentar, assim como os proprietários das empresas alvos da operação.

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