Presos do raio 6 da Penitenciária Central do Estado (PCE), a maior de Mato Grosso, recém-inaugurado no mês passado, em Cuiabá, denunciaram que estão com falta de água, recebem comida estragada e sofrem com pouca ventilação na unidade.
Um ofício foi enviado por advogados à direção da PCE pontuando os principais problemas relatados pelos presos.
Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) declarou que as denúncias são improcedentes, ‘uma vez que o fornecimento de água e alimentação ocorre normalmente no Raio 6 da Penitenciária Central do Estado (PCE), assim como nos demais raios’.
Informou também que, por ser uma construção nova, com maior dificuldade de realizar qualquer ligação clandestina de energia elétrica, a diretoria acredita que as denúncias são feitas na tentativa de manipular a opinião pública para que as medidas de segurança sejam reduzidas.
“Vale destacar ainda que estão neste Raio os reeducandos de alta periculosidade, com registros de envolvimento com facções criminosas e que, com o reforço nas medidas de segurança, estão cada vez mais impossibilitados de coordenar ações criminosas”, comentou a pasta.
A Sesp-MT ressaltou ainda que todos os reeducandos têm acesso a recipientes de refeições, que são fornecidas com a qualidade adequada, e que a distribuição de água é feita de forma equilibrada, visando evitar o desperdício e que não falte a nenhum recuperando.
Eles afirmam que desde que foram transferidos ao novo raio, não estão recebendo alimentação suficiente e adequada, além da água supostamente ser fornecida por duas horas durante o dia.
“Sobre a alimentação, não está sendo disponibilizada quantidade necessária para suprir a todos, os presos têm que revezar as marmitas uns com os outros, vez que ao invés de mandar 12 é fornecido menos de 9, então, como forma de todos se alimentar, eles revezam entre si”, consta trecho do ofício.
Os presos também denunciaram que alimentos estragados, como carne e feijão, estão sendo entregues nas marmitas.
O ofício, confeccionado no dia 11 de dezembro, pede vistoria na alimentação, instalação de ventilação e aumento no fornecimento de água aos presos.