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MERCADO

Reposição de animais lenta derruba preços da carne bovina no atacado

O mercado físico de boi gordo teve um dia travado de negócios nesta quarta-feira, 16.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, os frigoríficos continuam testando o mercado, buscando preços mais baixos, mas o pecuarista começou a adotar uma postura um pouco mais retraída nas negociações, fator que merece atenção.

“A expectativa é que o mercado fique mais arrastado conforme os feriados se aproximam”, aponta Maia.

Os frigoríficos continuam apontando para uma escala de abate confortável, ultrapassando cinco dias úteis e com alguns sinalizando para uma programação toda fechada para o mês.

A expectativa gira agora em torno da atuação dos frigoríficos nas compras em janeiro, além da estratégia do pecuarista, destacando que o boi de pasto deve atrasar no início de 2021, por conta das secas registradas nos últimos meses.

“Também merece atenção os números de exportação brasileira, considerando que até a segunda semana de dezembro perderam força se comparado aos dados dos últimos meses, o que pode ser uma retração das compras chinesas, fator que pode ser pontual, avaliando que a lacuna de oferta de proteína de origem animal no país asiático ainda é grande”, diz

Em São Paulo, o preço ficou acomodado no decorrer do dia. Para animais destinados ao mercado chinês, a indicação de compra está na faixa entre R$ 250/253 à vista e R$ 255/256 a prazo.

Para animais destinados ao mercado doméstico indicação de compra a partir de R$ 245 à vista e 250 a prazo.

Em Minas Gerais, os preços se mantiveram estáveis no decorrer do dia. Alguns frigoríficos continuam fora da compra de animais e podem tentar abrir indicações mais baixas quando retornarem a mercado.

Na região de Uberlândia a indicação de comprador posicionado a R$ 253 à vista.

Em Goiânia (GO), indicação de comprador em R$ 247 a prazo. No Mato Grosso do Sul, os preços não apresentaram mudanças.

Em Campo Grande, indicação de comprador a R$ 244 a prazo e em Dourados a arroba é precificada a R$ 245 a prazo. Em Cuiabá, no Mato Grosso, indicação de comprador em R$ 246 a prazo.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina caíram. Conforme Maia, a queda é reflexo do escoamento aquém do esperado para este período de ano.

“Apesar da recente queda, o consumidor permanece saturado e não consegue absorver os preços muito mais altos, ainda mais em um ambiente econômico adverso, e acaba optando por produtos substitutos mais acessíveis, especialmente a carne de frango”, diz Maia.

Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 18,90 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,60 o quilo com queda diária de 20 centavos, e a ponta de agulha caiu de R$ 14,80 o quilo para R$ 14,60 o quilo.

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