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MAPEANDO POSSIBILIDADES

Pós-Brexit: o que o agro do Brasil ganha com Reino Unido fora da UE?

O ano de 2021 virá com novidades no mercado internacional. A partir de janeiro, o Reino Unido está oficialmente fora da União Europeia, processo que ficou conhecido como Brexit.

Com isso, entra em vigor o novo regime tarifário britânico (UK Global Tariffs).

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), alguns produtos terão suas alíquotas de importação reduzidas a zero.

“Outros terão tarifas simplificadas e uma terceira categoria será de produtos com taxas reduzidas, além da medida de simplificação”, informa a entidade.

A CNA elaborou um estudo sobre as oportunidades que a agropecuária do Brasil terá no pós-Brexit. Segundo a entidade, ao todo, a proposta do Reino Unido altera as tarifas de importação aplicadas sobre 563 produtos do agronegócio.

“É importante ressaltar que as alterações tarifárias realizadas pelo Reino Unido se aplicam a todos os países, não somente ao Brasil”, diz o documento.

O que diz o estudo sobre as oportunidades pós-Brexit?

O documento está dividido em duas seções: caracterização do comércio exterior Brasil-Reino Unido e oportunidades a partir do novo regime tarifário.

Os bens para os quais as alíquotas foram reduzidas representaram 47,3% do comércio de produtos do agronegócio mundial com o Reino Unido. Quanto ao comércio com o Brasil, o montante liberalizado equivale a US$ 533 milhões (valor referente a 2019).

Frutas como os limões que tiveram reduções tarifárias de até 14 pontos percentuais, ao se comparar com as tarifas máximas aplicadas pela União Europeia para o produto. As alíquotas aplicadas sobre uvas e maçãs também foram reduzidas. Vinhos e cacau em pó foram liberalizados e poderão ingressar no mercado britânico sem a necessidade do pagamento de imposto de importação.

Um dos setores mais beneficiados é o de óleos essenciais, que tiveram as tarifas liberalizadas para todos os produtos. De acordo com o estudo, o Brasil é um importante fornecedor de óleos essenciais de laranja ao Reino Unido, representando, no ano passado, 33,4% das importações totais do mercado.

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