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NOVO MODAL

Mauro Mendes ‘arquiva’ o VLT; Emanuel não concorda

GAZETA DIGITAL/PABLO RODRIGO
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O governador Mauro Mendes (DEM) anunciou oficialmente o que já deixava claro desde a sua eleição em 2018: trocar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo Bus Rapid Transit (BRT), que custará R$ 430 milhões aos cofres públicos. O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que não “vê com bons olhos” a mudança.

Segundo Mendes, a decisão foi tomada com base em estudos técnicos que apontaram a maior viabilidade do BRT, do que o VLT. Um exemplo é a tarifa da passagem, que segundo o governo custará R$ 3,04 no BRT. Caso fosse mantido o VLT, o estudo apontou o valor de R$ 5,28. O custo total do agora enterrado VLT ficaria em R$ 768 milhões.

“Por uma questão técnica, econômica de curto, médio e longo prazo, a melhor solução para dar um fim neste pesadelo é a mudança de modal, de VLT para BRT e iniciar imediatamente as ações para que possamos acabar com essa obra parada e dar uma solução definitiva para mobilidade urbana de Cuiabá”, disse o governador.

Mendes ainda lembrou que o VLT possui 8 ações na justiça, incluindo a que garantiu a rescisão contratual ainda no governo Pedro Taques, após a Operação Descarrilho da Polícia Federal, que descobriu o esquema do pagamento de propina das empresas ao ex-governador Silval Barbosa.

Segundo o governo o Consórcio VLT recorreu da decisão e perdeu no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ou seja, a decisão já transitou em julgado. Apesar disso, o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), que se recusou a se reunir com o governador alegando choque de agenda, disse que estudará o documento para opinar sobre o assunto.

Emanuel criticou o fato do governador ter tomado a decisão sozinho, sem a participação das prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande. “Deveria ter reunido as duas cidades e a bancada federal, para depois tomar a decisão em conjunto. Agora, só fazer uma reunião e comunicar a decisão, não foi legal”, completa.

A prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), que chegou a se reunir com o governador antes do anúncio, lembrou que a paralisação das obras do VLT causaram prejuízos irreparáveis para Mato Grosso, Várzea Grande e Cuiabá.

Apesar disso, ela disse mensurar o benefício que a população que utiliza do transporte em massa e que será beneficiada com a solução deste impasse jurídico.

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