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GUARDIÃ DA HISTÓRIA DE MT

Família denuncia extravio do corpo de Marly Pommot

A família da servidora aposentada Marly Pommot ainda não conseguiu enterrá-la. Isso porque o corpo entregue pelo Hospital Santa Rosa à funerária foi trocado pelo de outro paciente e encaminhado para o interior.

O neto de Marly, Leonardo Maia, contou que a funerária deveria buscar o corpo às 15h no hospital. De lá sairia cortejo até o cemitério do Porto, na capital. A mulher era conhecida como “guardiã da história de Mato Grosso” por ser sido responsável por museus importantes e muito querida na cidade. Por isso, muitas pessoas esperavam em frente ao hospital para acompanhar o cortejo.

O neto conta que o sepultamento ocorreria às 16h e o cortejo estava atrasado. Estranhando a situação, foram ao hospital saber o que estava acontecendo e foi nessa hora que tiveram a informação sobre o extravio do corpo.

“Meu tio foi até a recepção e conseguiu saber que o corpo da minha avó tinha sido levado para Mirassol D’Oeste ou Cáceres. Isso sem autorização de ninguém, sem a gente saber de nada. Não conseguimos informações corretas com o hospital nem com a funerária. Por meio de contatos extraoficiais conseguimos saber que o corpo está voltando e deve ser enterrado ainda hoje”, relata o rapaz.

O corpo que deveria ser enterrado no interior não teve o nome divulgado e a família de Marly também não sabe quem são os parentes do paciente. Os dados coletados indicam que trata-se de um homem e não teve morte por covid, porém as informações ainda estão desencontradas.

“A gente não tem certeza nem se o corpo que está vindo é da minha avó. Não tem uma conferência, reconhecimento, nada por parte do hospital. Já era para ter enterrado minha avó, já tem quase 24 horas que ela faleceu e o corpo não está preparado para esperar isso tudo fora da geladeira, fora do necrotério”, narra.

Por conta da remoção do corpo sem autorização da família foi registrado um boletim de ocorrências na Polícia Civil e comunicou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre o retorno do veículo da funerária.

Segundo Leonardo Maia, o hospital não ofereceu informações detalhadas sobre a troca, nem retorno do corpo.
Indignada com a situação, a filha da vítima também publicou relato em rede social.

“Além do sofrimento e angustia inerentes a grande perda da minha mãe, Marly Pommot, por incompetência do Hospital Santa Rosa e Funerária Santa Rita , ainda somos obrigados a suportar o EXTRAVIO do corpo da minha mãe , que fora enviado de forma equivocada para o interior do Estado. É nítido que tal desídia ultrapassa as barreiras do mero dissabor , causando dor ainda maior a minha família”, escreveu Louise Pommot.

Marly estava internada no hospital particular desde o dia 25 de dezembro. Ela morreu no dia 31, aos 80 anos, devido às complicações da covid.

Em uma rede social, a filha de Marly também denunciou o descaso e citou que a dor da família só aumenta.

Outro lado

Nota à Imprensa

O Hospital Santa Rosa lamenta o ocorrido e está apurando o fato junto à empresa funerária responsável pela retirada e remoção do óbito. Caso identifique alguma falha interna, irá adotar as devidas providências necessárias para repará-la.

Hospital Santa Rosa

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