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CORPOS CARBONIZADOS

12 policiais são presos no México após massacre de 19 pessoas

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Johan Ordonez / Agence France-Presse - Getty Images

Os 12 policiais da força policial de Tamaulipas, estado que faz fronteira entre México e Estados Unidos, foram presos sob acusação de homicídio, fornecimento de informações falsas e abuso de autoridade. A ministra do Interior, Olga Sánchez Cordero, declarou em uma entrevista coletiva que as mortes no mês passado foram “completamente inaceitáveis”

Restos mortais carbonizados de 19 pessoas foram encontrados pelas autoridades no mês passado dentro de uma caminhonete queimada, a cerca de 64 km ao sul da fronteira estadunidense. O veículo estava crivado de balas, mas quase nenhum cartucho foi encontrado no local, sugerindo que quem cometeu o crime recolheu as evidências.

As autoridades estaduais também indicaram que havia discrepâncias entre o que a polícia afirmou em seu relatório sobre o incidente e o que foi revelado em entrevistas com suspeitos, bem como em evidências de imagens de vigilância e dados de geolocalização.

“Todos esses elementos moldaram a probabilidade de que pelo menos 12 policiais estaduais participassem dessa situação, desses eventos”, disse Luís Alberto Rodríguez Juárez, porta-voz do governo do estado de Tamaulipas.

Os migrantes são regularmente apanhados no derramamento de sangue ao atravessar o país, enfrentando abusos de gangues criminosas e de funcionários corruptos que muitas vezes trabalham em conjunto com as gangues, mas que quase nunca são responsabilizados. Às vezes são sequestrados por grupos criminosos violentos e forçados a trabalhar para os cartéis.

Frequentemente, a mistura de migrantes desesperados, crime organizado e polícia corrupta resulta em corpos que nunca chegaram aos EUA espalhados pelo norte do México.

Até agora, apenas quatro dos corpos carbonizados foram identificados: dois mexicanos com histórico de contrabando de pessoas e dois migrantes da Guatemala. O governo do presidente Alejandro Giammattei, da Guatemala recebeu 32 amostras de pessoas que temem que seus parentes estejam entre os mortos.

“Do jeito que os corpos estão, é impossível reconhecê-los, estão totalmente carbonizados”, disse.

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