DA REDAÇÃO/ GABRIEL RODRIGUES
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A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO/MT) deflagrou na manhã desta sexta-feira (5) a Operação Parasita, que investiga uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes conexos, liderada por um presidiário da Penitenciária Central do Estado (PCE).
De acordo com o delegado Ferdinando Frederico Murta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), o grupo era liderado por Luciano Mariano, o Marreta, e tinha núcleos operacionais, financeiros e contábeis em sua estrutura.
“Eles tinham uma estrutura. Alguns criminosos presos eram responsáveis pela questão financeira e contábil. Um deles de dentro da cadeia do Nordeste fazia todo o controle dos valores recebidos e transacionados. Os próprios integrantes faziam a contabilidade, por meio de planilhas, de prestação de contas, de recolhimento das bocas de fumos, dos valores arrecadados e dos lucros que prestavam. Utilizavam grupos de aplicativos de mensagens para realizar essa prestação de contas”, explica o delegado.
Foram cumpridos 21 mandados de prisão e 13 de buscas e apreensão em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Paraíba contra o grupo que movimentou mais de R$18 milhões, nos anos de 2018 e 2020.
A Justiça bloqueou cerca de R$ 12 milhões dos criminosos, entre imóveis sequestrados, veículos apreendidos, e contas bloqueadas.
O grupo de Marreta atuava no tráfico de drogas. Além disso, eles utilizavam diversas empresas de fachada, e realizavam pequenas transferências conhecidas como “smurf” para lavar dinheiro.