DA REDAÇÃO/ GABRIEL RODRIGUES
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A Polícia Civil indiciou o ex-namorado, Isomauro Alves de Andrade, por feminicídio e ocultação do cadáver, após concluir inquérito nesta terça (9). Mesmo com essa etapa concluída, os seguirão, no intuito de localizar os restos mortais da vítima.
O responsável pela investigação, delegado Fausto Freitas, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que todos os indícios levam a crer que o ex-companheiro foi o responsável pelo crime. Acusações que são negadas pelo suspeito.
Um dos fatores que dificultou os trabalhos dos investigadores, em conjunto com a Politec, foi a demora para procurar a polícia, pois houveram mudanças no local, onde possivelmente ocorreu a morte.
Três meses após o crime, o suspeito continuou com os trabalhos para construção da casa. Dessa maneira, todo o local foi restaurado e remodelado por diversas vezes até que caso começasse a ser investigado.
“Não conseguimos localizar o corpo, mas todas as informações levam a crer que ela está morta. Não existe uma única informação, um único vestígio de vida desse ano em que ela está desaparecida. O próprio filho dela, de 18 anos, fala que ela sempre entrou em contato em datas festivas e nesse ano ela não fez isso”, relatou.
O caso
Lucimar Fernandes Aragão, de 40 anos, desapareceu no mês de maio de 2020, mas somente no dia 10 de agosto, a mãe da vítima procurou a polícia em razão da filha estar um pouco afastada da família.
A mulher informou que desde maio não falava com a filha, que estava com o celular desligado. A mãe foi até a residência de Lucimar e encontrou a casa e o carro dela com aspecto de abandono.
Na ocasião, ela conseguiu informação da casa onde sua filha estava morando com o namorado. No endereço, ele foi perguntado sobre o paradeiro de Lucimar e informou que teve uma briga com a namorada e ela teria sumido.
Ainda de acordo com algumas testemunhas, por diversas vezes o casal foi avistado brigando.
Semelhança com o caso do goleiro Bruno
O caso é comparado ao do goleiro Bruno Fernandes, acusado pela morte da modelo Eliza Samudio em 2010. Ele foi condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado. O corpo da mulher até hoje não foi encontrado.
“Tem semelhança porque são crimes contra a vida, mas não houve a localização exata dos restos mortais. É possível concluir investigação de homicídio e feminicídio, ainda que não tenha o corpo da vítima. São investigações complexas, mas não é por conta da ausência do corpo que elas não vão ser finalizadas”, disse.