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AGLOMERAÇÃO

Efeito reverso: supermercados enfrentam superlotação após decreto

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Reprodução / Repórter MT

O decreto estipulado pelo governador Mauro Mendes do (DEM), qual restringe o funcionamento do comércio até às 19h, com o objetivo de reduzir a proliferação do coronavírus, acabou surtindo efeito contrário. Sem uma fiscalização adequada por parte das entidades governamentais, municipais e dos próprios estabelecimentos, muitos supermercados e atacadistas estão obtendo uma super lotação diária, perto do horário de fechamento.

Grande parte da população não respeita medidas como a de que apenas um membro do corpo familiar faça as compras. Como consequência disso, os supermercados estão abarrotados de filas intermináveis, principalmente na parte em que se efetua o pagamento, no caixa.

Muitas pessoas estão criticando o decreto via redes sociais, por conta disso. Além de defenderem que seria melhor que os supermercados ficassem na verdade mais tempo abertos, no intuito de não se obter aglomeração, principalmente nos horários de pico, quando grande parte da população está saindo do trabalho.

Quem também defendeu essa ideia foi o agora Primeiro Secretário da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (DEM), questionado sobre a ausência de uma fiscalização mais ferrenha em relação a bares e boates e por todos pagarem o preço, até mesmo aqueles que cumprem a quarentena diante do decreto, o parlamentar opinou “O comércio de um modo geral tá cumprindo o distanciamento, eu acho que mercado ficar fechado, que não vai resolver nada, ele tem que ficar aberto na minha opinião, até mais tempo aberto para dar menos aglomeração. Por que todo mundo vai deixar de comprar? Não vai. Se você diminui o espaço evidentemente que você vai estar aumentando pessoas ali dentro“, finalizou.

Tentando explicar isso a justiça contra o decreto do chefe do executivo estadual, Mauro Mendes, a Associação de Supermercados de Mato Grosso (Asmat) pediu a extensão do horário estipulado, que atualmente é das 05h às 19h, ressaltando que as instituições são de caráter essencial.

Todavia, a desembargadora Maria Helena Bezerra Ramos, das Câmaras Cíveis Reunidas de Direito Público e Coletivo, teve a decisão de negar o pedido.

“Atender à medida pleiteada seria o mesmo que o Judiciário exercer função de outro Poder, o que não lhe compete”, consta na decisão.

Para além disso, a Prefeitura de Cuiabá tenta derrubar as medidas no Supremo Tribunal Federal (STF). A ministra Cármen Lúcia, relatora da ação, deve tomar a decisão ainda hoje sobre o pedido do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para que o comércio funcione das 8h às 18 de segunda sábado e os serviços essências como supermercados, entre outros, voltem a fechar às portas às 21h em Cuiabá.

As medidas sanitárias impostas pelo Governo do Estado devem vigorar até 17 de março, podendo ser prorrogadas conforme o avanço da covid-19.

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  • 5 de março de 2021 às 20:22:25
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