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COVID-19

Pessoas morrem à espera de vaga de UTI em Rondonópolis

DA REDAÇÃO / IZABEL TORRES
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Divulgação

O número cresce de forma assustadora dia a dia. Na última quinta-feira (4), 19 pessoas aguardavam na fila, a espera por um leito de UTI para tratamento da Covid-19 em Rondonópolis. Hoje esse número já subiu para 22 pessoas aguardando pela oportunidade de continuar vivendo.

Rondonópolis, cidade localizada à 210 km da capital Cuiabá, conta hoje com 30 leitos de UTI destinados ao tratamento de pacientes com Covid-19, sendo 20 instalados na Santa Casa e outros 10 no Hospital Regional, criados pelo Governo do Estado. Todos eles com ocupação superior a 100%.

Em contrapartida, o município, neste período de mais de um ano de pandemia, não criou nenhum leito de UTI destinado à Covid-19.

Ontem, de acordo com boletim epidemiológico da Covid-19 da Secretaria Municipal de Saúde, Rondonópolis contava com um total de 20.324 pessoas infectadas. Nas últimas 24 horas, a cidade registrou 78 novos casos e uma pessoa morreu.

A paciente, uma senhora de 76 anos, estava internada no Hospital Regional e era hipertensa e cardíaca. Hoje são 497 óbitos por Covid-19 em Rondonópolis. Outras 537 pessoas estão em tratamento com o vírus ativo, sendo que, 99 pessoas estão internadas em hospitais públicos e privados. Nas UTIs são 47 pessoas, e outras 47 em leitos semi-intensivos, além de 5 pacientes em enfermarias.

A preocupação com a situação crítica em que se encontra a saúde pública em Rondonópolis, principalmente frente a pandemia, é o fato de que não existe a possibilidade de criação de mais leitos de UTI, seja por parte do governo estadual ou na Santa Casa de Misericórdia. Além de não haver mais espaço físico a dificuldade maior Fica por conta da falta de profissionais da área.

Atualmente as equipes já montadas estão totalmente absorvidas pela estrutura já existente, e novas contratações se tornam inviáveis diante da falta de profissionais disponíveis no mercado.

A Central de Regulação trabalha com a possibilidade de encaminhar pacientes de Rondonópolis e de cidades vizinhas que são atendidos neste polo regional, para municípios inclusive de outros estados brasileiros.

A situação é crítica, a dificuldade dos profissionais de saúde é ter que escolher entre tantos pacientes, aquele que terá prioridade em relação a um leito disponível.

Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Saúde em Rondonópolis anuncia a criação de 5 leitos de terapia semi-intensiva na UPA, Unidade de Pronto Atendimento . Medida, que segundo os especialistas, não deve atender as necessidades de um paciente com Covid-19 em estado grave.

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