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SINOP

Prefeitura decreta emergência após alagamento de lavouras

Sindicato Rural de Sorriso (MT)

A Prefeitura de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, decretou situação de emergência nesta quinta-feira (11) no município após os estragos causados pelas chuvas que caem na região há 45 dias. A cidade contabiliza perdas em lavouras alagadas e estradas afetadas pelas chuvas.

O documento estima os prejuízos em cerca de R$ 1,5 bilhão para o setor privado e em R$ 850 mil para o setor público.

A chuva que se intensificou no período da colheita inundou lavouras, avariou estradas e levou galeria de drenagem.

Segundo a prefeitura, a situação torna arriscado o transporte de alunos e pacientes e traz ainda mais incertezas em um período já marcado pela insegurança sanitária e financeira trazida pela Covid-19.

Desmoronamento em estrada de Sorriso — Foto: Defesa Civil de Sorriso-MT
Desmoronamento em estrada de Sorriso — Foto: Defesa Civil de Sorriso-MT

De acordo com a prefeitura, houve acúmulo de mais de 800 milímetros nos últimos 45 dias. Isso trouxe danos à infraestrutura das estradas vicinais, assim como perdas severas à agricultura de modo geral, dificuldades para o transporte escolar e, o que é ainda mais grave, o transporte de pacientes dos municípios vizinhos para o Hospital Regional de Sorriso.

Já está difícil, por exemplo, que as hortaliças oriundas da agricultura familiar cheguem à mesa das famílias em situação de vulnerabilidade social e também ao prato dos alunos na merenda escolar.

O decreto não só torna menos burocrático o processo para recuperação da infraestrutura logística, por dispensar a necessidade de licitação para recuperar pontes, estradas e promover outras obras para restaurar os cenários afetados pelo aguaceiro, como também garante aos produtores a oportunidade de renegociar contratos e dívidas.

O secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente (Sama), Marcelo Lincoln, aponta que o descompasso climático evidenciado no documento traz ainda outra consequência: a quebra na safra de milho, visto que plantar a semente com muita água no solo impede que o cereal finque raízes profundas no solo.

Além do solo encharcado, a janela do ciclo produtivo da planta também torna arriscado o plantio da segunda safra. O boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) emitido no dia 5 já apontava um atraso de 30% em todo o estado.

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