YOD COMUNICAÇÃO
[email protected]
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-MT) vem a público externar sua preocupação com as restrições nos horários de funcionamento do setor, no período noturno.
A entidade ressalta que o segmento vem sendo fortemente prejudicado com o toque de recolher (decretado em 02 de março) e que a ação, até o momento, não contribuiu em nada no combate à pandemia.
A Abrasel-MT reforça que o setor vem pagando a conta sozinho, uma vez que os restaurantes, que operam no período noturno, estão prestes a completar 30 dias fechados.
A associação insiste que a medida coloca a sociedade em risco, gerando falências, desemprego, estresse e caos social apenas para evitar aglomerações em locais pontuais da cidade, que poderiam facilmente ser fiscalizados e punidos, tendo como alternativa a suspensão do alvará do estabelecimento infrator.
A teoria de confinamento, seja ela por antecipação de feriados ou lockdown, é muito difícil de ser implementada na prática. Confinar pessoas não é nem de longe uma solução. É também falsa a impressão de que o fechamento dos restaurantes à noite irá coibir a aglomeração. Muito pelo contrário. As pessoas irão se encontrar em reuniões privadas, sem o controle da fiscalização e o afastamento observado pelos restaurantes.
Os encontros familiares e de jovens em chácaras e condomínios, onde não existe a obrigação de se observar minimamente qualquer regra sanitária, são os verdadeiros focos de contaminação. Não é à toa que nunca se vendeu tanta cerveja em supermercados. É por isso que os resultados de fechamentos noturnos do setor não apareceram.
Considerando-se que a atividade noturna de restaurantes não foi responsável pela proliferação do vírus e que essa proibição promove aglomerações privadas, nocivas e muito mais difíceis de serem fiscalizadas, a Abrasel-MT vem propor que seja restabelecida a autorização de funcionamento noturno dos restaurantes, reforçando-se a fiscalização e intensificando-se a punição para os infratores.
A associação sugere ainda, como forma de contribuir com a fiscalização, que só seja permitido o consumo sentado em restaurantes.