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MUDANÇA DE ÚLTIMA HORA

Bolsonaro inclui 1º escalão em reunião dos três poderes para esvaziar críticas

Reprodução

A mudança de última hora no formato da reunião no Palácio da Alvorada com os presidentes dos três poderes causou contrariedade entre autoridades do Legislativo e do Executivo. O presidente Jair Bolsonaro se reúne na manhã desta quarta-feira (24) com chefes de poderes, ministros e governadores para discutir medidas de combate à pandemia.

Inicialmente, só os presidentes dos três poderes, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o vice-presidente do TCU, Bruno Dantas, participariam do encontro.

A avaliação é que o presidente Jair Bolsonaro colocou na mesa todo o seu primeiro escalão para criar um ambiente de dispersão e, assim, diluir críticas e sair do foco das cobranças na reação à pandemia da Covid-19 por parte dos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

Nesta terça-feira (23), o presidente aumentou a lista dos participantes da reunião e incluiu ministros, governadores e até o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello.

“O presidente viu que seria emparedado numa reunião mais restrita e decidiu colocar uma tropa de choque para diluir a reunião”, disse ao blog uma autoridade do Legislativo que participou das tratativas do encontro.

Mudanças antes da reunião

Para esvaziar a reunião, o presidente Bolsonaro também mudou na véspera o comando do Ministério da Saúde e deu uma posse escondida para Marcelo Queiroga. Bolsonaro seria cobrado pela transição demorada na pasta no momento mais grave da pandemia.

Ao mesmo tempo, numa resposta antecipada, Bolsonaro fez na noite desta terça-feira (23) um pronunciamento para falar do cronograma de vacinação do país, com distorções e omissões, e não citou os movimentos do governo para recusar e dificultar a aquisição de vacinas em 2020.

Como revelou o blog nesta segunda-feira (22), autoridades do Legislativo e do Judiciário receberam com preocupação o gesto explícito do presidente Jair Bolsonaro de estimular aglomerações neste domingo (21).

A ação foi considerada um movimento claro do presidente para inviabilizar a articulação entre os poderes, a qual visa estabelecer uma espécie de pacto nacional de enfrentamento à pandemia da Covid-19 no Brasil.

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