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CORRUPÇÃO

Moro diz que foi imparcial e que Brasil não pode retroceder

Pablo Jacob

O ex-juiz Sergio Moro afirmou que, apesar do julgamento da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, que declarou sua suspeição no caso do tríplex do Guarujá, tem “absoluta tranquilidade” em relação às decisões que tomou na Lava-Jato. O ex-magistrado disse, em nota divulgada nesta quarta-feira, que todas as suas sentenças foram fundamentadas, inclusive as que tinham o ex-presidente Luiz Inácio da Silva como acusado. O ex-ministro defendeu o legado da operação e disse que o Brasil não deve retroceder no combate à corrupção.

“Todos os acusados foram tratados nos processos e julgamentos com o devido respeito, com imparcialidade e sem qualquer animosidade da minha parte, como juiz do caso”, afirmou Moro.

Moro defendeu a Lava-Jato como marco no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro no Brasil, colocando fim à impunidade nestes crimes. “Mais de quatro bilhões de reais pagos em subornos foram recuperados aos cofres públicos e quase duas centenas de pessoas foram condenadas por corrupção e lavagem de dinheiro”, diz a nota.

O ex-juiz lembrou ainda que a sentença que condenou Lula no caso do tríplex do Guarujá foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região e pelo Superior Tribunal de Justiça, que haviam rejeitado as alegações da defesa de falta de imparcialidade.

“O ex-presidente só teve a prisão ordenada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em 2018, após ter habeas corpus denegado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal”.

Moro diz ainda que o Brasil não pode retroceder e destruir o passado recente de combate à corrupção e à impunidade – “pelo qual foi elogiado internacionalmente” – e que a preocupação deve ser com o presente e o futuro para “aprimorar os mecanismos de prevenção e combate à corrupção e com isto construir um país melhor e mais justo para todos”.

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