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CRISTIANO NOGUEIRA

Vacina: Mato Grosso pode mais

Assessoria

Desde a distribuição das vacinas contra a Covid-19 no Brasil, Mato Grosso foi um dos estados que menos recebeu as doses para imunização. Na primeira etapa, foram 65,7 mil doses da vacina distribuídas aos 14 polos regionais do país, sendo assim, apenas 3,90% dos mato-grossenses foram imunizados, de acordo com a última atualização do Consórcio de Veículos, nesta quarta-feira (24). Com essa lentidão no processo de imunização, a população vem a cada dia sendo massacrada por essa doença que está devastando o mundo.

Por acompanhar todo esse processo de perto, vejo total descuido por parte do Governo Federal em relação a Mato Grosso. O Estado é o que mais produz e dá uma “segurada” no país, para manter a balança comercial positiva e o PIB do país. Lembrando que, Mato Grosso lidera o ranking de estados com mais arrecadação no Brasil, com 12,6%. Por isso, vejo como vergonhoso para nossos representantes políticos no Congresso Nacional esse tratamento que está sendo dado a Mato Grosso.

Segundo dados do “Our World in Data”, o Brasil é o 5º país que mais aplicou vacinas contra Covid-19, porém o 62º em relação à velocidade de aplicações de doses. Neste ritmo, além de ser desproporcionalmente entre os estados, o país levará pelo menos dois anos e meio para aplicar a primeira dose da vacina contra a Covid-19 em todos os brasileiros. Somente depois de quatro anos após o início da pandemia, os brasileiros estariam 100% imunizados com as duas doses, segundo o “Monitora Covid” da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Um belo exemplo para tratar o vírus, está sendo o município de Maricá, no Rio de Janeiro. A prefeitura não mediu esforços e comprou 400 mil doses da vacina russa Sputnik V, o suficiente para imunizar a população total que fica em torno de 161 mil. Maricá também dá exemplo em relação a estrutura de internações de pacientes com o vírus nas unidades de saúde do município. O prefeito da cidade, Fabiano Horta (PT), amanheceu nesta quarta-feira (24), sendo elogiado não só pela população da cidade, mas sim do Brasil, pela atitude em correr contra as mortes e adquirir as vacinas. Pelo menos, é o que os gestores de todos os Estados brasileiros deveriam estar preocupados. Espero profundamente que a população mato-grossense não se esqueça desse tratamento quanto à distribuição de vacinas.

Como ouvidor-geral da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso e que recentemente componho a nova diretoria do Conselho Nacional das Defensorias Públicas – como diretor jurídico e coordenador extraordinário pela vacinação e acesso a renda na pandemia -, vamos buscar reunir com todos os Poderes, para poder contribuir com novas ideias junto com a sociedade civil, Governo municipal, estadual e federal.

É necessário que cada um faça a sua parte para impedir a proliferação do vírus, mas já vemos um cansaço físico e psicológico por parte dos profissionais e também da população com a situação. Digo isto porque, vejo procura dos cidadãos diariamente na Defensoria em busca de auxílio, principalmente nesse momento onde se registra falta de leitos hospitalares, já que nessa terça-feira, 23 de março, Mato Grosso alcançou os 100% na ocupação de UTIs.

Espero profundamente que a população mato-grossense se cuide atendendo todas as medidas possíveis, só assim as coisas podem se encaminhar para um futuro melhor. Neste momento, precisamos nos unir com os gestores do Estado, pois precisamos buscar uma solução ajudando uns aos outros, sem esses embates políticos, que não está sendo mais aceitável pela população. Precisamos juntar esforços para ter uma rápida solução e imunizar a todos.

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