DA REDAÇÃO MATO GROSSO MAIS
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O jovem Gean Carlos Campos Pereira, de 27 anos, na região do bairro Morada do Ouro, em Cuiabá. O suspeito é autuado por ter ter cometido uma vasta lista de fraudes virtuais que somam um prejuízo de R$ 4 milhões.
O suspeito já era foco de investigações por parte Delegacia de Furtos e Roubos (Derf) pela prática de furtos qualificados mediante fraude. Gean invadia contas do banco virtual Mercado Pago e transferia certo montante para outra conta que ele próprio controlava.
Esperto, o suspeito não sacava o dinheiro, ele realizava compras na plataforma Mercado Livre. Desta forma, o suposto estelionatário lavava o dinheiro do crime realizado anteriormente, o que caracteriza autolavagem de capitais.
De acorod com a empresa, que tem sede em São Paulo, Gean teria causado um prejuízo de cerca de R$ 4 milhões utilizando esse modus operandi.
Em um dos casos mais recentes, o jovem teria comprado 140 gramas de ouro no site. A plataforma percebeu que se tratava do mesmo criminoso e notificou a Delegacia Especializadas de Roubos e Furtos (Derf), que deu início às investigações para identificar o suspeito.
Dessa forma Gean facilitou sua prisão, nesta segunda-feira (5), por volta das 18h, policiais civis foram até a casa onde o suspeito reside, no bairro Morada do Ouro, e fizeram a prisão em flagrante. O acusado não resistiu.
Em sua residência os policiais acharam valores em dinheiro (não declarado), um iPhone 12, três carros de luxo da marca BMW, cinco moedas de ouro avaliadas em R$ 67 mil. Além disso, os policiais também levaram o disco rígido do computador usado por Gean, o qual passará por perícia para a busca de mais indícios que o incriminem.
O jovem investia seu dinheiro também no mercado imobiliário. Na casa do suspeito foi encontrado um contrato de compra de um terreno em Chapada dos Guimarães no valor de R$ 320 mil e outro de venda de terreno no mesmo município, avaliado em R$ 480 mil.
Ao pedir a prisão preventiva do suposto estelionatário, o delegado Guilherme Bertolli destacou a engenhosidade do esquema operado por Gean.
“Nota-se que o suspeito Gean é um especialista na modalidade de crimes cometidos no ambiente virtual. Percebe-se que os bens, dentre eles veículos automotores e imóveis, foram adquiridos com o nítido fim de ocultar a origem ilícita dos bens”, declarou o delegado.
Gean deve responder por furto qualificado pela fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Ele optou por se manter calado durante todo o interrogatório.
O caso continua em investigação para identificação de possíveis comparsas no crime, mas até o momento a principal suspeita é de que Gean Carlos agia sozinho.