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SAÚDE GESTACIONAL

Projeto inclui grávidas na vacinação contra a Covid

METRÓPOLES / LILIAN TAHAN E ISADORA TEIXEIRA
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Carles Navarro Parcerisas / EyeEm/Getty Images l

As deputadas federais Sâmia Bomfim (PSol-SP) e Talíria Petrone (PSol-RJ) protocolaram, na Câmara dos Deputados, um projeto de lei para incluir grávidas e puérperas no grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19. A proposta foi apresentada na tarde desta quarta-feira (14/4).

Sâmia e Talíria argumentam que o Brasil ocupa o primeiro lugar em mortalidade de mulheres gestantes e puérperas por Covid-19 no mundo.

“Um estudo do International Journal of Gynecology and Obstetrics intitulado The Tragedy of COVID-19 in Brazil, aponta para a gravíssima realidade na qual o país se encontra, cuja razão de mortalidade de pessoas gestantes e puérperas por Covid-19 é, sozinha, equivalente a 77% de todas estas mortes no mundo, em todos os demais países somados”, citaram.

Na semana passada, Sâmia participou de uma reunião com a ginecologista-obstetra Melania Amorim e o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), justamente para tratar da prioridade na vacinação de grávidas e puérperas.

O PL das deputadas do PSol deve ser apensado a um outro projeto de lei, de autoria de Marcelo Ramos, segundo o qual grávidas, puérperas e lactantes – com comorbidades – precisam ter prioridade na vacinação. A expectativa é que a proposta seja pautada em regime de urgência, na próxima semana.

Mortalidade materna por Covid-19

A médica Melania chamou a atenção para um manifesto da Rede Feminina de Ginecologistas e Obstetras, que destaca ainda não terem sido tomadas providências para reduzir a mortalidade materna por Covid-19 no Brasil.

“Embora evidências diversas tenham se acumulado de que a gestação e o pós-parto aumentam o risco de complicações e morte por Covid-19 (5,6), também é certo que houve falhas assistenciais em proporção significativa das mortes maternas em nosso país. Além da desorganização dos serviços de assistência pré-natal, com suspensão de consultas, encontramos problemas importantes de acesso ao atendimento adequado da Covid-19, falta de testes diagnósticos, falta de insumos terapêuticos e de leitos de UTI específicos para a população obstétrica”, diz trecho do documento.

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ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO

  • 14 de abril de 2021 às 20:54:37