DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
[email protected]
O mandato do deputado estadual Carlos Avalone (PSDB), foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) por unanimidade, na manhã desta segunda-feira (26). O TRE já tinha formado maioria pela cassação na quinta-feira passada (22), mas a decisão foi adiada devido a um pedido de vistas do juiz Luiz Armando Biancardini Cândia.
Avalone foi acusado de abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos (caixa dois). O relator do caso, Fábio Henrique Rodrigues De Moraes Fiorenza, proferiu seu voto pedindo a manutenção da cassação de Avallone e inelegibilidade em candidatura futura.
Fiorenza foi imediatamente acompanhado pelos magistrados Bruno D’Oliveira Marques, Sebastião Barbosa Farias e Gilberto Giraldelli.
Após oficialização da decisão, o parlamentar e sua defesa deverão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Avallone continua no cargo enquanto aguarda o julgamento dos recursos.
Caso não consiga reverter a situação no TSE, quem deve assumir seu lugar na ALMT é a vereadora por Cáceres Valdeniria Dutra Ferreira, que hoje está no PSC.
O CASO
Durante a campanha eleitoral de 2018, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) abordou um veículo com três pessoas, que carregava vários materiais de campanha de Carlos Avallone. Dentro do veículo, os policiais encontraram R$ 89,9 mil em dinheiro.
A abordagem foi registrada em vídeo, que foi anexado ao processo de cassação pelo Ministério Público Federal (MPF).
O outro lado
O deputado Carlos Avallone vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral onde pretende provar que não cometeu qualquer irregularidade na campanha.
A Assessoria de Imprensa do deputado Carlos Avallone esclarece que, ao contrário do que diz o título da matéria, o deputado não foi cassado por compra de votos, acusação em que foi absolvido pelo TRE-MT. A acusação que motivou a decisão é de suposto caixa 2, que será alvo de recurso no Tribunal Superior Eleitoral.