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IMUNIZAÇÃO

Claudinei quer prioridade de vacinação para taxistas e motoristas de App

DA ASSESSORIA / SAMANTHA DOS ANJOS
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Da assessoria

O deputado estadual Delegado Claudinei (PSL) encaminhou indicação à Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES) e Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM) para a inclusão de taxistas, mototaxistas e motoristas de aplicativos como prioridade imediata para o recebimento da vacina contra a Covid-19. O parlamentar apresentou a proposição, durante a sessão plenária desta quarta-feira (28), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

“São vários profissionais que tiveram as suas atividades econômicas prejudicadas com a Covid-19, como é o caso dos taxistas, mototaxistas e motoristas de aplicativos. Este transporte se torna mais seguro comparado à situação da superlotação do transporte público que, consequentemente, causa aglomerações de pessoas. E isso, infelizmente, intensifica a disseminação da doença”, analisa Claudinei.

Para ele é de suma importância que estes motoristas sejam imunes para garantir a proteção de sua saúde e de familiares. “Vale lembrar, por exemplo, que tem aquelas pessoas que suspeitam que estão com a doença e não tem veículo e precisam se deslocar até os centros médicos em busca de tratamento. Com isso, os taxistas, mototaxistas e motoristas de aplicativos ficam vulneráveis em pegar o vírus, podendo disseminar para outros passageiros”, frisa o parlamentar.

Realidade

Há exatos 10 anos, Cipriano Benício da Nóbrega atua como taxista em Rondonópolis, sendo que considerou a indicação do deputado, uma boa iniciativa já que é da linha de frente. “Busco cuidar da melhor forma quando pego os passageiros. Sempre estou de máscara e álcool em gel. Tudo certo para não me contaminar e disseminar para outras pessoas”, informa o motorista.

Devido à cidade de Poxoréu ser pequena, o taxista Rodrigo Alves da Silva descreve que as demandas chegaram a cair cerca de 50% com a pandemia e que essa atividade é o amparo econômico para sua família. Ele diz que comprou o veículo para a esposa Neyde Diana de Araújo trabalhar, mas por ela ser asmática e com um bebê de cinco meses, ele assumiu os trabalhos no lugar dela. “Eu assumi a linha de frente. Mas, eu sou diabético e hipertenso. No nosso modo de ver, não sabemos qual passageiro pode estar infectado”, comenta.

Autônomo – Para o motorista de aplicativo de Cuiabá, Arnaldo Gomes Flores, que exerce essa atividade há três anos, ele salienta que iniciou este trabalho por ter ficado 11 meses desempregado. Com a pandemia, ele explica que houve uma queda acentuada na renda, principalmente entre os meses de março a julho de 2020. “Se não fosse o auxílio emergencial que recebi entre os meses de junho até dezembro do ano passado, meus problemas financeiros seriam ainda bem maiores”, comenta.

“Quando chego na minha casa já vou tomar banho para evitar qualquer contaminação dentro da minha casa, já tiro o sapato antes de entrar. Quando eu regresso ao meu trabalho, faço uma limpeza rápida no carro com álcool em gel, principalmente nas maçanetas. Procuro não receber dinheiro em espécie pelo passageiro, somente pelo voucher do aplicativo ou cartão. Também, todos os passageiros ficam no banco de trás”, esclarece Gomes.

Ele acrescenta que alerta sempre os passageiros para o uso da máscara e já pegou Covid-19, em fevereiro deste ano, em que chegou a ser internado em hospital. “Na época, demorei me recuperar para voltar a exercer meu trabalho devido às sequelas da Covid-19. Ainda hoje, sinto falta de ar e uma leve perda da memória. Eu posso afirmar que eu ainda tenho muito receio de sair para trabalhar e ser novamente contaminado”, preocupa.

“É uma atitude louvável do deputado Claudinei em se preocupar com a categoria. O motorista do aplicativo, ele pode, não intencionalmente, ser um vetor da doença, uma vez que ele, no mesmo dia, pode se deslocar para diversos locais. Se for contaminado, pode disseminar a doença. Estes profissionais merecem uma atenção prioritária para a vacinação”, conclui Arnaldo.

Vacinas – Em Mato Grosso, já foram aplicadas 754.610 vacinas que estão relacionadas a 392.011 e 164.660, respectivamente, de pessoas que receberam a 1° e a 2° dose.

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