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Em uma fazenda, em Chapada dos Guimarães (MT), onde foi gravada a edição do programa ‘No Limite’, em 2001, os proprietários ainda guardam memórias do reality. Entre os objetos estão esculturas, uma mandala usada no programa e o cajado usado pelo apresentador Zeca Camargo.
A edição ambientada em Mato Grosso foi a segunda de ‘No Limite’. A propriedade fica no Lago do Manso, a 68 km de Cuiabá, pela MT-351.
De um lado do lago fica o Morro do Chapéu e do outro lado, a Serra do Navio. Foi entre as duas figuras que foram realizadas as provas, o acampamento e eliminações da edição de 2001.
O empresário e proprietário da fazenda, Jair Serratel, acompanhou os bastidores do programa.
“Quando começou o programa, o lago ainda estava em formação. Nesse período, a (equipe da) Globo chegou e ficou nesse lugar para fazer o programa. Toda a gravação, as provas, tudo foi feito aqui. Floresta, água, montanhas, tem uma serra muito bonita. Então eles usaram toda essa área de cenografia para fazer as gravações”, afirma.
A mulher de Jair, a empresária Rosângela Serratel, também presenciou as gravações e conta que a casa chegou a ter mais de 200 pessoas da equipe hospedadas.
“Na sede ficava o pessoal da direção do programa, o Zeca Camargo dormia em um quarto, toda a equipe da produção, diretores, gerentes, chegavam de ter 200 pessoas aqui, o pessoal de apoio. Foi muito legal”, afirma.
A Serra do Navio foi o percurso das provas de resistência. São aproximadamente 280 metros de distância da sede da fazenda, o que equivale a um prédio de 85 andares.
Ao final do programa, Jair ganhou o cajado que pertenceu ao apresentador. Ele recorda como eram feitas as provas.
“Um dos pontos principais da Serra tem um declínio onde aparece o lago hoje e tem a parte plana embaixo que dá em torno de 300 metros de desnível. Uma das provas de dificuldade era feita nessa região. Eles chegavam até aqui em cima e não tinha estrada, nem trilhas, então tinha que ser na aventura mesmo com bastante dificuldade. O ponto de chegada virou um ponto de referência para nós e é muito importante”, afirma.
Relembre a edição
A segunda edição de ‘No Limite’ em 2001 teve como ganhador o goiano Léo. O prêmio foi R$ 100 mil e um carro. Foram 12 concorrentes que participaram dessa edição e foram divididos entre Araras Vermelhas e Lobos Guarás.
Os competidores eram eliminados no “Portal do Tempo”: uma grande escultura cenográfica instalada num dos pontos mais altos da fazenda. Três grandes portões, com uma espécie de arena ao centro, formavam o local das eliminações, que recebia a iluminação de tochas e refletores na hora da decisão.
No local da produção do programa a equipe com diretores, técnicos e editores, acompanharam a produção de ‘No Limite’.
Cerca de 40 profissionais, entre médicos, enfermeiros, policiais militares e bombeiros, ficaram de sobreaviso em caso de emergência. Também foi montado um hospital de campanha na região.
A última prova da competição com a participação do diretor-geral da temporada, Fernando Gueiros, consistia em fazer com que os participantes, vendados, tentassem adivinhar quando o cronômetro chegasse em 1 minuto e 23 segundos.
Para manter o sigilo, apenas Zeca Camargo e o próprio Fernando Gueiros presenciaram o momento. Os três cinegrafistas que filmavam a etapa precisaram deixar o local, as câmeras ficaram sozinhas, em tripés. Tudo isso para que o vencedor só fosse revelado dias depois, ao vivo, no estúdio.