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79 ANOS

Cine Teatro Cuiabá celebra aniversário com exibição de filmes

Mayke Toscano/Gcom-MT

Desde a inauguração em 23 de maio de 1942, o Cine Teatro Cuiabá tem sido o palco para grandes espetáculos cinematográficos, cênicos e musicais. O Cine Teatro Cuiabá é um dos equipamentos culturais da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) e desde maio de 2016 é administrado, via contrato de gestão, pela Associação Cultural Cena Onze.

A comemoração dos 79 anos de sua inauguração será neste sábado (22.05), a partir das 19h. Presencialmente, serão exibidos quatro curtas mato-grossenses que colocam em cena a região do Centro Histórico de Cuiabá. A programação será compartilhada pelas redes sociais do Cine Teatro Cuiabá.

O evento contará com apresentação do pianista Arthur Scharneski, com execução de temas musicais de filmes que marcaram a história do cinema. A entrada é gratuita e realizada de acordo com as normas de biossegurança relacionadas ao enfrentamento da covid-19, cumprindo especificações constantes nos decretos municipal e estadual.

A celebração presencial também será ocasião para o lançamento da campanha online “Memórias e Histórias”, que pretende estimular o público mato-grossense a compartilhar relatos e imagens sobre as antigas salas de cinema de Mato Grosso, como o Cine São Luiz, Cine Tropical, Cine Bandeirantes e o próprio Cine Teatro Cuiabá.

A campanha será divulgada pelas redes sociais do Cine Teatro Cuiabá e integra o projeto “Aníbal Alencastro: memórias da projeção cinematográfica e das antigas salas de cinema de Cuiabá”, realizado por meio do edital Conexão Mestres da Cultura – Marília Beatriz de Figueiredo Leite, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).

Sobre os curtas exibidos e compartilhados online

Licor de Pequi, de Marithê Azevedo (2016)

Cuiabá sob o olhar de Lázaro Papazian, de Aliana Camargo & Cristiano Costa (2005, 13′, classificação livre). O documentário aborda o espaço urbano de Cuiabá por meio dos registros históricos de Lázaro Papazian, fotógrafo e cinegrafista de origem armênia que, em 1926, mudou-se para cidade e, a partir de então, passou a registrar episódios da vida social e política da capital matogrossense. Papazian foi um dos poucos a registrar vários acontecimentos da cuiabania, como a filmagem da demolição, em 1968, da Igreja Matriz Senhor Bom Jesus de Cuiabá, evento que marca a busca por modernização da cidade, seguindo os passos da recém criada capital do país. Premiado no 12º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá (2005).

Centro Histórico de Cuiabá, de Bill Reino (2020, 13’, classificação livre). Produzido pelo IAB-MT em parceria com diversas instituições que promoveram o Concurso Nacional de Projetos Pró Centro Histórico de Cuiabá no ano 2000, tendo a finalidade de instruir as equipes participantes do concurso sobre a história da formação do Centro Histórico de Cuiabá, o estado de preservação e a relação com o contexto urbano e social da época. O documentário tem roteiro de Antônio Copriva, com texto de narração produzido por Júlio De Lamonica Freire. A locução é de Gilberto Canavarros.

P.S: Glauber, te vejo em Cuiabá, de Glória Albuês (1986, 15’, classificação 12 anos). Aproveitando a passagem da Mostra Tempo Glauber (promovida pelo Sesc em 1986 no Teatro da UFMT), os comediantes Liu Arruda (1957-1999) e Meire Pedroso percorrem espaços da cidade de Cuiabá e conversam com pessoas de diferentes extratos sociais e culturais sobre o grande cineasta, televisão, cinema e cultura brasileira. Além da presença saudosa de Lúcia Rocha (mãe de Glauber), o curta faz uma crônica irreverente sobre a Cuiabá de meados da década de 1980 e a relação de seus habitantes com a cultura, em especial com a memória do cinema brasileiro.

Licor de Pequi, de Marithê Azevedo (2016, 15′, classificação livre). O filme tem poética construída a partir de três gerações de mulheres: uma senhora (Lúcia Palma) guarda a memória do lugar por meio de objetos que juntou durante a vida, mas está esquecendo as palavras; uma jovem poeta (Luana Costa) busca a palavra geradora para escrever seus poemas; já a menina (Flor Leite), em fase de alfabetização, descobre as palavras. Uma conta histórias, a outra escreve poemas, a terceira solta pipas. As três habitam o mesmo espaço urbano, o Centro Histórico da cidade de Cuiabá, com casas abandonadas, casas habitadas e casas restauradas, todas com camadas distintas de memória. O filme foi realizado com recursos do MINC/SAV por meio de edital de curta metragem onde concorreram realizadores de todo o país.

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