DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
[email protected]
Em bate-papo semipresencial nesta quinta-feira (20), promovido pela Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), ressaltou a importância de ações orientativas, quanto aos procedimentos impostos às famílias que desejam adotar crianças e adolescentes, em Mato Grosso. “Acontecimentos, como este, são fundamentais, para que possamos construir diretrizes, que nos direcionem a superação de todos os desafios, relativos aos processos de adoção”, avaliou.
O encontro faz parte de um calendário de atividades, alusivas ao dia da Adoção, comemorado em 25 de maio, conduzidas pela Ampara, em parceria com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), Ministério Público, Ordem dos Advogados e demais órgãos parceiros.
Além do parlamentar, também participaram do polo de discussões a presidente da Ampara, Daisy Guilem, a ex-presidente Lindacir Rocha, a promotora de Justiça Valnice Santos e a mãe por adoção, Sabrina Liberato.
O presidente do Parlamento acredita que a construção de novas políticas públicas, de adoção, poderá reforçar o combate às condições adversas, enfrentadas pelas entidades, como a pandemia, que causou a diminuição de 19% no índice de crianças e adolescentes adotados no Estado, conforme o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), do Conselho Nacional de Justiça.
“Foram 42 adotados em 2019 e 34 no ano passado. Infelizmente a Covid-19, afetou o trabalho em campo dos servidores e setores nesse processo de visitas nas famílias e nos abrigos das crianças. Com a pandemia, alguns processos também sofreram atraso, mas seguiram o trâmite e foram analisados pelos juízes. Então nós vemos que há uma série de desafios diários. E quando nos deparamos com ações como essa, que vem sendo conduzida pela Ampara, junto aos órgãos de apoio, a gente se anima, até por ter a convicção de que com a união nós podemos gerar importantes resultados. E estamos aqui hoje, justamente para ajudar a traçar essas diretrizes”, reforçou.
Ainda de acordo com o SNA, Mato Grosso possuiu atualmente 432 crianças e adolescentes acolhidos em 83 instituições sociais e abrigos no Estado. Destes, 198 são do sexo masculino e 234 do feminino.
Das 36 aptas a adoção, 25 são meninos e 11 são meninas. Nove deles têm algum tipo de deficiência física e mental ou mental e 17 estão com idade entre 15 a 18 anos. Grande parte é acolhida por vários motivos, dentre eles o abandono, risco de vida e maus-tratos.