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DESMEMBRAMENTO

Guedes alfineta Centrão e diz não querer fatiamento da Economia

METRÓPOLES / TALITA LAURINO
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EDU ANDRADE/Ascom/ME

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (24/5) ao jornal Folha de S.Paulo que não deseja o desmembramento do ministério. De acordo com ele, “está cheio de gente querendo” que isso ocorra, em uma referência ao Centrão, que vem pressionando o governo por um fatiamento da pasta econômica.

Conforme o ministro, esse assunto foi debatido até mesmo com o presidente Jair Bolsonaro. “Ele diz (Bolsonaro): ‘Você tem meu apoio, Paulo, segue o jogo. Se você estiver cansado, me avisa que eu tiro um pouco o peso do seu caminhão’”, contou ao jornal.

“‘O que quer desafogar? Quer tirar o PPI? A Secretária da Previdência que você já fez a reforma?’”, teria dito o presidente a Guedes, o qual questionou se Bolsonaro estaria sofrendo pressão política para fazer isso. “Ele responde: ‘Isso é o tempo inteiro. Mas eu não vou tirar, a menos que você peça’”, comentou.

Neste ano, a rusga entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro Paulo Guedes, a respeito do impasse na aprovação do Orçamento 2021, fragilizou a imagem do ministro.

Na época, Guedes dizia que a sanção do Orçamento da forma como havia sido aprovada pelo Congresso poderia resultar na cassação do mandato do presidente ou, no mínimo, na desaprovação das contas do seu governo e consequentemente na sua inelegibilidade. De outro, os dirigentes do Congresso sustentavam que o ministro exagerava.

No fim, a peça aprovada contemplou as exigências de ambos. Entretanto, desde então, o Centrão reforça sua defesa pelo fatiamento da Economia.

Os partidos pressionam para tentar obter, pelo menos, a recriação dos ministérios do Trabalho e Previdência, dois setores que já passaram por reformas no Congresso.

Superministro

Paulo Guedes é considerado um superministro do governo, pois lidera pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio.

No ano passado, entretanto, o chefe da equipe econômica rechaçou o título e disse que é “o ministro mais vulnerável” da Esplanada, pois é “demissível em cinco minutos” e pode cair em pouco tempo se todos os outros ministros decidirem furar o teto de gastos.

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