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NESTA QUARTA

Inflação alta deve motivar 3º salto seguido da taxa de juros

ADRIANO MACHADO/REUTERS

O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), volta a se reunir nesta quarta-feira (16) para definir a taxa básica de juros que permanecerá vigente ao menos pelos próximos 45 dias.

A expectativa é de que o veredito estabeleça a terceira alta consecutiva da Selic, medida que ajudaria a conter a recente alta da inflação de preços, que já figura acima do teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o período de 12 meses.

Isso acontece porque a taxa básica de juros funciona como o principal instrumento do BC para manter os preços sob controle, já que os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição das famílias a consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

Nos últimos dois encontros, a decisão do Copom foi a de interromper a manutenção do indicador ao menor patamar da história e elevar os juros a 1,5 ponto percentual (0,75 em cada mudança), passando de 2% para 3,5% ao ano no período.

A avaliação dos analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC é que que haverá uma nova alta de 0,75 ponto percentual dos juros nesta quarta-feira, para o patamar de 4,25% ao ano. Para o fim de 2021, a expectativa é de que o índice alcance 6,25% ao ano.

Ontem (15), os diretores do BC realizaram apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro, o que abriu caminho para a parte final da reunião hoje, quando serão projetados os rumos da economia com a alteração proposta.

Após a revelação da nova taxa básica, feita depois do fechamento do mercado financeiro, o BC divulga a ata da reunião na terça-feira da semana que vem (22), com as explicações mais detalhadas sobre o veredito.

Juros básicos

A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

Em linhas gerais, a Selic é taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à taxa oficial.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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