O juiz Murilo Moura Mesquita, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou o bloqueio de um imóvel do casal Marcelo e Gaby Cestari, avaliado em R$ 1,1 milhão, no bairro Jardim Guanabara. Eles são pais da adolescente que atirou e matou a amiga, Isabele Guimarães Ramos, aos 14 anos.

O despacho foi publicado na última semana e atende a um pedido da mãe da vítima, a empresária Patrícia Hellen Guimarães, que busca garantir o ressarcimento pela perda da filha. O processo corre ainda em segredo de Justiça.

De acordo com a empresária, a morte da filha causou danos morais e materiais, cuja indenização supera o valor de mil salários mínimos, o que corresponde a mais de R$ 1,1 milhão.

A defesa de Patrícia realizou consulta no sistema da Associação dos Notários e Registradores de Mato Grosso (Anoreg/MT), notificando 15 imóveis pertencentes ao casal Cestari.

Conforme a decisão, um perito fará avaliação técnica do imóvel bloqueado.

“Intimem-se as partes, por intermédio de seus representantes judiciais, para que, no prazo de 15 dias, manifestem-se quanto ao impedimento ou suspeição do perito, se for o caso, indiquem assistente técnico e apresentem quesitos. Anoto que as partes deverão justificar a pertinência e necessidade de seus quesitos, sob pena de indeferimento”, determinou o juiz.

O caso

Isabele Guimarães Ramos, 14, foi morta com um tiro no rosto, em 12 de julho, quando estava na casa da melhor amiga, uma adolescente de também 14 anos na época do crime.

A amiga alegou que o disparo que matou Isabele foi acidental, no entanto, o inquérito da Polícia Civil concluiu que o homicídio foi doloso, ou seja, com intenção de matar.

A investigação durou 50 dias e autuou 4 pessoas, além da adolescente, que chegou a ser denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE), foi internada e passou menos de 16 horas no Pomeri, mas conseguiu liberdade.

O processo está em andamento na Justiça e corre em sigilo. O Ministério Público do Estado (MPE) denunciou o empresário Marcelo Martins Cestari e a esposa Gaby Martins Cestari, pais da adolescente acusada de matar Isabele, pelos crimes de homicídio culposo, corrupção de menor, porte ilegal de arma, fraude processual e entregar arma para menor de idade.

Caso condenados, eles podem pegar mais de 15 anos de prisão.