DA ASSESSORIA
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O coordenador de comunicação dos correios em Mato Grosso morreu vitima de Covid-19 depois de vários dias intubado. A informação consta de carta enviada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Mato Grosso (Sintect-MT) aos prefeitos e secretários municipais de saúde e câmaras municipais com pedido de vacinação dos carteiros, atendentes e demais trabalhadores da empresa nos municípios de Mato Grosso.
O jornalista contraiu o coronavíurs da mulher dele, a tesoureira dos Correios. Ele foi a segunda morte por causa da doença registrada dos trabalhadores na empresa em Cuiabá, a primeira morte foi na agência central, no dia 2 de junho. Foi na agência central o registro de três ecetistas infectados além de uma auxiliar de serviços gerais da empresa terceirizada que presta serviços aos Correios.
Em todo estado foram registradas cinco mortes de trabalhador e a morte da mulher de um carteiro (ela contraiu a doença do marido que sobreviveu à covid-19). Centenas foram ou estão infectados. “É o que se sabe, pois os Correios omitem e escondem os casos”, disse o presidente do Sintect-MT, Edmar Leite.
Não é raro os trabalhadores levarem, óbvio sem perceber, a doença para dentro de casa atingindo mulher, filhos e até sogra. Foi o caso do motorista de carga de Juína a Juruena que tinha tido contato com o gerente da unidade de Juruena, Fábio Vieira da Silva, que morreu no dia e 27 de fevereiro. Fábio foi infectado dois três dias depois da colega Carlene, que trabalhava no balcão,ter sido afastada por causa da Covid-19. O motorista foi parar na UTI mas antes infectou a esposa, a filha e a sogra.
Segundo Edmar leite, a ECT-MT vive um novo momento de aumento de casos confirmados. Além das duas mortes e três trabalhadores infectados na agência central de Cuiabá, também foram confirmados casos de Centro de Distribuição Domiciliar de Várzea Grande (CDDVG), no Centro de Triagem de Cargas e Encomendas (CTCE) e Gerencia de Recrutamento e Seleção dos Correios em Mato Grosso (Gresc-MT).
Apesar dos casos de infecção e de mortes, as agências continuaram funcionando normalmente sem que fosse adotada qualquer medida de profilaxia, como preconiza o protocolos de saúde, tais como a desinfecção dos prédios, testagem dos trabalhadores que tiveram contato com os infectados e nem foram colocados em quarentena.
Para o presidente do Sintect-MT, Edmar Leite, “infelizmente estes não são casos isolados”. No CDDVG foi confirmado que 30% dos trabalhadores estavam infectados.
No interior a situação não é diferente e pode ser mais grave ainda, pois os Correios têm ocultado os casos de infecção e até de mortes. No início da segunda quinzena de junho, os trabalhadores na Unidade de Distribuição (UD) de Primavera do Leste e na AC/Park Shoping Sorriso/UD Sorriso foram infectados pelo SARS 2-Covid-19.
Há casos de trabalhadores que até conseguiram vencer a doença, mas estão em tratamento das sequelas em casa. No início de junho, a esposa de um carteiro perdeu a vida. Ela contraiu a doença do marido que fora infectado pelo coronavírus no serviço diário numa unidade da ECT.
Preocupado com a categoria e com a sociedade, o Sintect está requerendo a vacinação dos trabalhadores da empresa. Hoje a categoria não vacinada no estado de Mato Grosso, por não serem do grupo de risco, é em torno de 700 a 800 trabalhadores.
Para Edmar Leite, a Covid-19 nos Correios deixou de ser um problema dos ecetistas e tornou-se uma questão de saúde pública uma vez que passam a ser vetor de proliferação doença. Considerando que diariamente um carteiro visita centenas de residências e são mais de 600 carteiros no estado. A mesma coisa acontece com as 150 agências dos Correios em Mato Grosso que recebem a visita de milhares de clientes diariamente.