O presidente Jair Bolsonaro tem alta programada para este domingo (18) e deixará o hospital Vila Nova Star, na zona Sul de São Paulo, por volta de 11 horas. O médico cirurgião Antônio Macedo disse no sábado (17) que há melhora no quadro clínico e o presidente não tem mais obstrução intestinal.
O médico também recomendou que Bolsonaro mastigue bem a comida e descanse após a refeição. O presidente já está em dieta cremosa — a alimentação foi retomada na sexta-feira (16).
Bolsonaro foi internado na madrugada de quarta-feira (14), em Brasília, após apresentar dores abdominais. Mais tarde, foi transferido para São Paulo, onde continuou o tratamento até este domingo (18).
Na noite de sexta-feira (16), os médicos haviam informado que o presidente estava evoluindo bem e que houve melhora no quadro de obstrução intestinal a ponto de a alimentação ter sido retomada. Segundo os médicos, Bolsonaro foi submetido a uma tomografia computadorizada do abdômen, e o exame mostrou a melhora do quadro clínico.
Na quinta-feira (15), a sonda gástrica já havia sido retirada. No mesmo dia, Bolsonaro publicou nas redes uma foto caminhando no hospital. Na legenda, ele afirma que deve estar “de volta a campo” em breve.
O que é obstrução intestinal?
A obstrução intestinal é caracterizada como a interrupção do funcionamento normal do intestino devido a um bloqueio que impede a passagem de fezes e gases pelo órgão. As causas são diversas, incluindo tumores, inflamação, verminoses e efeitos de cirurgias. Entre os sintomas estão inchaço e dor abdominal, náuseas e vômitos, dificuldade e dor para evacuar.
Atos cirúrgicos foram determinantes
Em entrevista à CNN no sábado (17), o cirurgião do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Rodrigo Oliva Perez, explicou que atos cirúrgicos realizados pelo presidente Jair Bolsonaro foram determinantes para o quadro atual.
“É como se fosse uma mangueira longa dentro da barriga da gente, uma barreira comprida, o intestino fino tem quase 7 metros e ele fica solto dentro da barriga. No momento em que a gente faz uma cirurgia ou faz múltiplas cirurgias, como é o caso do presidente, corre o risco de ocorrer aderências. O intestino fica solto, mas acaba cicatrizando em posições não habituais. E com isso algumas curvas que o intestino faz dentro da barriga podem ficar mais agudas, tornando difícil a passagem do conteúdo intestinal”, afirma.