Sobre a decisão de manter ou não o deputado Dilmar Dal Bosco (DEM) como líder do governo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), após indícios de corrupção por parte do parlamentar, o governador Mauro Mendes (DEM) afirmou durante a coletiva de lançamento do programa “Imuniza Mais MT”, nesta terça-feira (21), não ter conhecimento suficiente diante do assunto e que não cabe a ele julgar as ações do colega de partido.

Diante da “Operação Rota Final” que liga o nome de Dal Bosco, a um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação, deflagrada ainda em 14 de maio, o governador afirmou não ter tido tempo para acompanhar os por menores do impasse e, por isso, quando questionado sobre a possível da saída do parlamentar da liderança do governo, Mendes se esquivou, ponderando que precisa estudar melhor o caso e que não tem tempo para ler noticiário.

“Olha eu desconheço isso ainda, não chegou ao meu conhecimento, né? Eu não tenho ainda essa informação. Confesso a vocês que às vezes nas minhas atribuições, o excesso de demanda que eu tenho não me permite ficar, gostaria muito de ficar lendo noticiário e o que acontece por aí, mas eu vou tomar conhecimento, vou me inteirar um pouco mais pra ver se demanda o governo fazer ou não alguma coisa“, disse o gestor.

Além disso, o chefe do Executivo Estadual ressaltou sua relação com o deputado, a qual de acordo com ele é muito boa e elogiou a conduta de Dal Bosco frente a Casa de Leis. Sobre o possível envolvimento do parlamentar no esquema, adiantou que o caso pode ter acontecido antes de sua estada no Palácio Paiaguás.

“Na relação que nós temos com o deputado Dilmar Dal Bosco é muito boa. Ele nunca nos pediu nada que não fosse republicano, atende bem ao governo, trabalha de forma dirigente na Assembleia Legislativa e essa relação que eu tenho com ele, eu só tenho elogios, então eu não posso julgá-lo por eventual culpa que está sendo imputada pelo Ministério Público em momentos pretéritos a minha presença aqui como governador“, declarou Mendes.

Por fim, o democrata se esquivou da responsabilidade de julgar as ações do parlamentar, as dirigindo ao Ministério Público, mas disse que irá analisar se a permanência de Dal Bosco como líder do governo poderá trazer algum impacto.

“Eu tenho que julgar as pessoas pelas relações que eu tenho com elas, quem cabe julgar por outras coisas é o Ministério Público, o tribunal, etc. Mas eu vou tomar conhecimento para ver se isso traz alguma implicação e vai demandar alguma tomada de decisão“, finaliza.