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EM CUIABÁ

Pontos de ônibus ficam lotados após início das aulas na rede estadual

Reprodução/TVCA

Com o retorno das aulas presenciais nas escolas estaduais de Mato Grosso, os pontos de ônibus ficaram lotados na capital nesta quarta-feira (4).

Em alguns dos pontos, os estudantes se amontoam para conseguir entrar nos ônibus.

As aulas estavam suspensas nas escolas estaduais de Mato Grosso desde março do ano passado, quando a pandemia chegou no estado.

O acolhimento aos estudantes começou nest quarta-feira (4), em revezamento elaborado por cada unidade escolar.

Na primeira semana, os alunos serão recebidos em dias alternados. Eles foram divididos em Grupo A e Grupo B. A divisão foi feita por cada unidade escolar, responsável pela comunicação aos pais.

Nesta quarta-feira (4) vão para as escolas os estudantes do Grupo A. Na quinta-feira (5) será a vez dos estudantes do Grupo B. Nestes dois dias eles vão receber todas as orientações de como será o funcionamento das escolas e todas as medidas de biossegurança adotadas e que precisam ser rigorosamente cumpridas.

Segundo o doutor em Educação, Silas Borges Monteiro, o próprio trânsito e circulação dos alunos é uma preocupação.

“É um risco o trânsito das crianças e adolescentes, que retornam aos seus lares e depois vão as escolas. Embora a imunização dos docentes seja uma boa garantia, não significa que não haverá riscos da circulação do vírus”, explica.

A partir do dia 9 de agosto começa o revezamento semanal. Na semana que o estudante não estiver em atividade presencial, terá estudo dirigido.

Mesmo com o revezamento, Silas fala da multiplicação da contaminação.

“Há um elemento adicional: as mutações que o vírus sofre e isso acontece por causa da multiplicação da contaminação. Ainda há um certo risco no retorno as aulas por causa disso, não sabemos ainda o comportamento do vírus nessa situação”, afirma.

Quanto a possibilidade de contaminação a Seduc informa que as turmas vão funcionar com 50% da capacidade da sala de aula e cada uma será considerada uma ‘bolha de relacionamento’.

Quando algum profissional ou aluno de uma das bolhas apresentar sintomas, contrair o vírus ou estiver em contato com alguém infectado, toda a bolha deverá entrar em quarentena pelo período recomendado nos protocolos vigentes (14 dias).

As demais turmas (bolhas) deverão manter as atividades presenciais, tomando as precauções de biossegurança já estabelecidas.

Silas explica que na parte educacional, há um agravamento do que já era visível, que é o distanciamento de médias internacionais, do ponto de vista do desempenho escolar de crianças e adolescentes, mas que isso deve ser analisado de forma diferenciada durante a pandemia.

Neste caso, especificamente, não é razoável comparar o desemprenho em uma situação de emergência com os critérios de qualidade de uma organização social sem a pandemia. O que podemos fazer para depois recuperar ou colocar em outro patamar a qualidade do desemprenho dos estudantes? Estamos olhando uma situação de hoje com os olhos de antes de pandemia. Mas retornar o que era antes, nesse momento, ainda oferece riscos”, afirma.

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