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Por 437 votos a favor, 7 contrários, e 12 abstencões, o plenário da Câmara dos Deputados decidiu cassar o mandato da deputada Flordelis (sem partido-RJ), acusada de mandar matar o marido, o pastor Anderson Torres.
Flordelis nega participação no crime e chegou a entrar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir a votação. Esse recurso, no entanto, foi negado pela ministra Cármen Lúcia.
Para que o mandato fosse cassado, eram necessários, pelo menos, 257 votos — a maioria absoluta dos parlamentares.
Com a cassação, Flordelis perde a chamada imunidade parlamentar que impedia sua prisão preventiva. Por causa da prerrogativa, a deputada só podia ser presa em caso de flagrante de crime inafiançável.
O relator do processo contra a deputada no Conselho de Ética da Câmara, deputado Alexandre Leite (DEM-SP), apresentou parecer a favor da cassação da parlamentar. Ele alegou que a parlamentar nunca apresentou qualquer contraprova que pudesse contestar todos os indícios apurados pelo Conselho de Ética e pelo Ministério Público, que a acusa da autoria do assassinato.
Leite apresentou no plenário o laudo cadavérico que aponta uma concentração de tiros na região pélvica da vítima – o que, de acordo com a polícia, indicaria que Flordelis poderia ter participado ativamente da morte do marido.
Ao se defender, a deputada apelou para os colegas de Câmara reafirmando que é inocente e que a verdade ainda virá à tona. Ela ainda acusou o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), de não ouví-la. Em seguida, passou a palavra para seus defensores. “Sejam justos, não me cassem”, implorou a parlamentar.