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COM A CAIXA

Kalil faz empréstimo e diz que parte é para ‘resolver falta d’água’

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Michel Alvim/Secom

A prefeitura de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, assinou na manhã desta segunda-feira (16) um convênio com a Caixa Econômica Federal para empréstimo no valor de R$ 90 milhões. Desse total, R$ 70 milhões irão para asfaltamento dos bairros e, os outros R$ 20 milhões, para água e esgoto. Os recursos já estão disponíveis.

Na última semana, moradores fizeram protesto na frente da prefeitura contra a falta de água nos bairros. Sobre o problema, o prefeito pediu “um pouquinho de paciência” à população.

Os recursos deverão ser usados em três estações de tratamento de água (ETAs), nos bairros Cristo Rei, Barra do Pari e Passagem da Conceição, que deverão dobrar o volume de água, e uma estação de tratamento de esgoto. A ETA do Cristo Rei deve entrar em operação já no mês de outubro. O dinheiro também vai para outras ações.

“Plano de gestão de perdas, melhoria do volume de água, hidrometração, fazer um programa de corte e ajuste das contas, colocando os consumidores dentro de um programa de consumidores positivos, e fazendo com que a gente possa atender a população de uma forma mais justa”, disse o presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE/VG), Carlos Alberto Simões de Andrade.

O presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Carlos Alberto Simões de Andrade, disse que a demanda por água cresce por causa da seca e que os poços das casas também ficam sem água.

“Várzea Grande, como o próprio nome diz, é uma várzea. A maioria dos lares tem uma cacimba, um poço caipira na sua casa. Agora nesta época a demanda aumenta porque os poços secam, e nos poços nossos, que atendem também a população, também [o volume de água] é bem menor. Então, a gente tem uma demanda muito maior para atender aquelas pessoas que usam da água domiciliar com essa água produzida pelo DAE”, justificou.

Sobre as reclamações de moradores, que afirmam receber contas de água para paga sendo que não recebem água em casa, ele disse o problema será resolvido com a instalação de hidrômetros e que muitas residências têm ligações clandestinas inadequadas que ocasionam as chamadas “perdas invisíveis”, “perdas não contabilizadas”

“Precisamos padronizar, hidrometrar para poder cobrar o mais justo. Precisamos ser justos na cobrança, a gente só pode ser justo se tiver o hidrômetro, se tiver água pra poder ser cobrado do jeito que precisa”, disse.

‘Um pouquinho de paciência’

Em entrevista após a assinatura do convênio, o prefeito Kalil Baracat (MDB) disse que a falta de água “não é uma realidade só da cidade de Várzea Grande”, que várias cidades do país “passam por dificuldades de água”, e pediu que a população seja mais paciente.

“Nós acreditamos que vai, sim, resolver o problema da água (…) Várzea Grande há décadas vive isso. E o que a gente está buscando? Investimento para que acabe, que resolva esse problema (…). O que eu peço é um pouquinho de paciência, até porque a gente tem feito os investimentos, vem buscando melhorias”, afirmou o prefeito.

Protesto

Na sexta-feira (13), cerca de 50 moradores fizeram um protesto na porta da prefeitura devido à falta de água no município. Com baldes, panelas e roupas sujas, eles pediram a regularização do abastecimento de água no município. Uma idosa chegou a despejar uma trouxa de roupas sujas aos pés dele do presidente do DAe/VG quando ele foi até o local para conversar com os manifestantes.

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  • 17 de agosto de 2021 às 12:03:03