O chefe da Casa Civil de Mato Grosso, o secretário Mauro Carvalho, está na mira do relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) que apresentou um requerimento para que Carvalho preste depoimento sobre as negociações da vacina Covaxin com a empresa Davati.

O pedido foi protocolado na terça-feira (24) e deve ser julgado nesta quarta-feira (25). “Pela troca de mensagens, sobretudo por e-mails, os quais não podem neste expediente ter seu conteúdo revelado por força de sigilo obrigatório, houve claro interesse da empresa Davati, do intermediário Domingueti e do convocado qualificado, para facilitar a aquisição da vacina Covaxin pelo Governo do Mato Grosso”, consta no pedido do senador.

O pedido será analisado pelo presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-SP). Renan Calheiros citou as investigações no celular do representante da empresa, Luiz Paulo Dominguetti, no qual encontrou diversas mensagens e e-mails trocados entre ele e Mauro.

As mensagens apontavam o recebimento de uma comissão por dose, caso a venda fosse concluída com os Estados do Amazonas, Piauí e Mato Grosso. O conteúdo veio há tona no início do mês, e o Governo do Estado emitiu nota na qual informava que não prosseguiu as negociações com a Davati.

O secretário-chefe da Casa Civil enviou um email pedindo a Carta de Representação da empresa, que é uma condição obrigatória para Estado inicie qualquer negociação. Como a carta não foi apresentada, o Estado de Mato Grosso não prosseguiu com as tratativas.

O governo do Estado de Mato Grosso ainda não se posicionou sobre o pedido.