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MINISTRO DA ECONOMIA

“Não adianta ficar sentado chorando”, diz Guedes sobre alta da conta de luz

O Globo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta quinta-feira (26/8), que a taxa extra na conta de luz deverá ser aumentada novamente devido à crise hídrica. Para o chefe da pasta, “não adianta ficar sentado chorando”. A declaração foi feita nesta manhã em audiência pública no Senado.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reajustou a bandeira tarifária das contas de luz em junho por causa da pior seca já enfrentada pelo país nos últimos 91 anos. A previsão é que a bandeira na cor vermelha sofra mais um aumento nas próximas semanas.

“Temos de enfrentar a crise. Vamos ter de subir a bandeira, a bandeira vai subir. Vou pedir aos governadores para não subir automaticamente [o ICMS da energia elétrica], eles acabam faturando em cima da crise. Temos de enfrentar, não adianta ficar sentado chorando”, disse Guedes.

Nessa quarta-feira, (25/8), o ministro já havia feito declaração polêmica sobre o assunto. Ele questionou a reclamação dos brasileiros sobre o preço da conta de luz. “Qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos?”, indagou.

Conforme mostrou o Metrópoles, a baixa capacidade de armazenamento dos reservatórios hídricos obriga o acionamento das usinas térmicas, que além de serem mais caras, são também mais poluentes. Isso causa o aumento no custo da geração de energia, valor que é repassado aos consumidores.

Atualmente, os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, que juntas respondem por 70% da capacidade de geração de energia do país, estão com apenas 22,5% da capacidade de armazenamento. Não há previsão de grande volume de chuva para o próximo mês.

Racionamento

O ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, deu início ao programa de estímulo ao racionamento de energia destinado a grandes consumidores. A medida entrou em vigor na segunda-feira (23/8), após a publicação de uma portaria no Diário Oficial da União.

A medida é a primeira do governo Bolsonaro para tentar amenizar o problema. Batizado de Redução Voluntária de Demanda de Energia Elétrica (RDV), o programa é destinado para grandes consumidores que se disponham, voluntariamente, a diminuir o consumo de energia de quatro a sete horas por dia.

As empresas devem reduzir ao menos 80% do consumo médio diário de energia. Se isso ocorrer, o governo dará aos participantes compensações financeiras. De acordo com a portaria do MME, a diferença será retornada ao consumidor via encargos cobrados na conta de luz.

O governo federal também determinou a redução do consumo de energia, entre 10% e 20%, em prédio públicos. A medida durará até abril de 2022.

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