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Tóffoli revela interferência na Deccor mas, nega pedido contra Emanuel

DA REDAÇÃO / LEONARDO MAURO - DO LOCAL / LUIZA VIEIRA
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Reprodução

O delegado Lindomar Aparecido Tóffoli revelou na manhã desta quinta-feira (26), que existe sim uma pressão por parte do Governo do Estado em cima dos Delegados-gerais da Polícia Judiciária de Mato Grosso (PJC-MT) mas, disse também, que não foi pressionado para direcionar investigações contra o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB).

Arrolado como testemunha em uma denúncia feita por Pinheiro sobre suposta interferência política do Governo do Estado na Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para prejudicar o chefe do Executivo Municipal cuiabano, Tóffoli disse que já foi retirado do seu cargo a pedido do ex-governador Silval Barbosa por investigar políticos.

“Na outra vez que aconteceu isso comigo, que eu saí da delegacia, porque eu estava investigando políticos né, da Assembleia, Secretários de Estado, Procuradores do Estado e o delegado geral foi pressionado para que me tirasse de lá, e isso depois o Silval confessou, que ele estava sendo pressionado pelos deputados e ele chegou no Delegado-geral e falou, ‘se você não tirar ele de lá, eu vou tirar você e colocar outro que faça isso”, contou Lindomar.

Questionado sobre se o governador Mauro Mendes (DEM), tivesse pedido para que o Delegado-geral direcionasse ele (Tóffolo) para que investigasse e prejudicasse o prefeito Emanuel, Lindomar respondeu.

“Não! Nesse ponto não, comigo não. Por que se alguém falasse isso pra mim, entrava por um ouvido e sairia pelo outro, por que assim, o que chegava lá eu investigava né, aí depois no mandado de segurança da defesa do Estado falava que não tinha motivo para perseguição por que não tinha investigação e tal”, disse o delegado.

Nesta sexta-feira (27), o próximo a depor é o delegado Anderson Clayton da Cruz e Veiga. Nesta última terça-feira (24) quem realizou o seu depoimento foi o delegado Flávio Henrique Stringueta.

Stringueta reafirmou que a suspeita de interferência política na Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para prejudicar o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), “é bem concreta”.

“Eu disse [durante depoimento] que a possibilidade de ter havido interferência política nesse caso é bem concreta. Eu disse que a interferência política nos meios policiais existe, que o cargo do delegado-geral é do governador. Se o delegado-geral quiser continuar no cargo, ele tem que atender pedido do governador. São pedidos que são uma ordem”, declarou o delegado.

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