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NO AEROPORTO

Estados Unidos realizam novo ataque aéreo contra o Estado Islâmico

U.S. Marine Corps/Sgt. Victor Mancilla/AP

Os Estados Unidos realizaram um novo ataque contra o Estado Islâmico de Khorasan neste domingo (29), confirmou um oficial americano à CNN.

A investida ocorreu nos arredores do aeroporto internacional Hamid Karzai, em Cabul, onde estava localizado um carro-bomba do grupo, que planejava um novo ataque terrorista.

O ataque foi realizado via drone, e uma explosão secundária no local indicou que o veículo tinha uma quantidade “significativa” de material explosivo, disse o oficial.

Este foi o segundo ataque registrado nas proximidades do aeroporto desde que o Talibã tomou o poder da capital. O primeiro, que foi efetuado por uma explosão de um suicida do Estado Islâmico-K, foi responsável por matar mais de 170 pessoas, incluindo 13 oficiais americanos.

Na sexta-feira, os Estados Unidos avançaram com drones em alvos do grupo terrorista, matando dois militantes e deixando um ferido. De acordo com o Pentágono, um dos alvos era um facilitador e o outro era um estrategista.

O presidente Joe Biden havia prometido “caçar” os responsáveis pelo ataque, e afirmou que a investida americana efetuada não seria a última.

Informações da inteligência americana e do próprio Talibã já consideravam um risco alto de novos ataques na região do aeroporto.

“Devido a uma ameaça específica e confiável, todos os cidadãos dos EUA nas proximidades do aeroporto de Cabul (HKIA), incluindo o portão Sul (Círculo do Aeroporto), o novo Ministério do Interior e o portão próximo ao posto de gasolina Panjshir, no lado noroeste do aeroporto, devem deixar a área do aeroporto imediatamente”, dizia um alerta emitido pela embaixada americana em Cabul.

No momento, os EUA correm contra o tempo para concluir a evacuação de cidadãos americanos e afegãos aliados do país até o dia 31 de agosto. O Talibã já estaria pronto para assumir integralmente o poder no aeroporto a partir de então.

Assim como o Talibã, eles também pertencem ao chamado “Islã radical sunita”. Porém, as organizações disputam o mesmo espaço no Oriente Médio.

Enquanto o Talibã tem uma ideologia nacional, o Estado Islâmico-K é “multinacionalista” e tenta converter muçulmanos ao redor do mundo para vingar o que consideram uma “dominação judaico-cristã”, explica o analista internacional da CNN Lourival Sant’Anna.

A rivalidade também se estende na questão do recrutamento e também nas doações de dinheiro por parte de apoiadores dos movimentos.

Segundo Sant’Anna, o recrutamento para as facções acontece desde cedo em escolas religiosas e mesquitas.

“Os grupos competem em recrutamento e também nas doações de dinheiro de muçulmanos que gostam dessa visão. No Afeganistão, eles competem em influência em áreas que controlam”, explica.

*Com informações de Giovanna Galvani e João de Mari, da CNN

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  • 30 de agosto de 2021 às 15:44:59