METRÓPOLES / TALITA LAURINO
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O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 12,4% no segundo trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2020, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (1º/9).
Já na comparação com os três meses anteriores, o PIB caiu 0,1% no 2º trimestre de 2021, após três trimestres de alta. O PIB acumula alta de 6,4% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado.
Os serviços cresceram 0,7% no trimestre, puxando a retomada econômica com o avanço da vacinação contra a Covid-19. As maiores queda foram da agropecuária (-2,8%) e da indústria (-0,2%).
- Agropecuária: -2,8%
- Indústria: -0,2%
- Serviços: 0,7%
- Consumo das famílias: zero
- Consumo do governo: 0,7%
- Investimento (FBCF): -3,6%
- Importação: -0,6%
- Exportação: 9,4%
- Construção: 2,7%
- Comércio: 0,5%
De acordo com as expectativas do governo e do mercado, o PIB deve crescer em torno de 5% até o fim do ano. O indicador é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante um certo período. De acordo com o governo, o resultado negativo do segundo trimestre ocorreu devido ao alto número de mortes pela Covid-19 durante os últimos três meses.
“Mais relevante do que observar o número do crescimento, é analisar a sua qualidade. Importantes reformas pró-mercado e medidas de consolidação fiscal estão sendo aprovadas, lançando as bases para o crescimento sustentável do país no longo prazo”, afirmou.
Setor de serviços
O setor de serviços ainda não alcançou o patamar pré-pandemia, mas colheu bons resultados no trimestre pesquisado. Os destaques foram as atividades de informação e comunicação (5,6%). Depois, também avançaram, comércio (0,5%), atividades imobiliárias (0,4%), atividades financeiras, transporte, armazenagem e correio (0,1%).
O consumo das famílias não apresentou variação, em razão da alta da inflação e do desemprego. “Apesar dos programas de auxílio do governo, do aumento do crédito a pessoas físicas e da melhora no mercado de trabalho, a massa salarial real vem caindo, afetada negativamente pelo aumento da inflação. Isso impacta o consumo das famílias”, destacou a coordenadora do estudo.
A balança comercial brasileira surpreendeu nos últimos dados. No 2º trimestre, houve uma alta de 9,4% nas exportações de bens e serviços. Essa foi a maior variação desde o 1º trimestre de 2010.
O IBGE ressaltou que o bom resultado se deu pela safra de soja, que, de acordo com o instituto, estava com preços favoráveis. Por outro lado, as importações caíram 0,6% na comparação com os três primeiros meses do ano.